quinta-feira, 23 de abril de 2009

Texto escrito por
Rogério de Almeida Freitas
Para a seção Opinião
da revista OQ, de Portugal


Ilusão de Grandeza

Não há maior inconveniente para a evolução pessoal do que a ilusão de grandeza. Muitos pensam ser o que não são, esquecidos de perceber o que, de fato, são. Nessa rota estéril, o estacionamento espiritual é a tônica dos que caminham pela vida terrena enganando os outros e a si mesmos.
Em mundos problemáticos ou subdesenvolvidos, as pessoas que neles vivem normalmente valem não pelo que são, mas sim pelo que representam. Em mundos evoluídos, cada um vale pelo que é, sendo, aos olhos alheios, a exata medida do que é.
Na Terra, o que somos não tem muita importância, desde que representemos bem o papel pretendido e o que concerne aos nossos objetivos, muitas vezes egocêntricos e equivocados. Verdadeiros sepulcros caiados — belos por fora, mas podres por dentro — desfilam as suas impurezas sendo, entretanto, aplaudidos e muitas vezes vistos como heróis disto ou daquilo.
Não existe — o que, segundo alguns, é lamentável —, entre os sentidos do corpo terrestre, um mecanismo qualquer que permita às pessoas perceberem a falsidade alheia, medindo as suas reais potencialidades e intenções. O que é tão fácil de ser percebido noutros mundos, na Terra parece pertencer ao campo da adivinhação, o que, muitas vezes, leva os juízes apressados das verdades alheias a cometerem verdadeiros assassínios de honras pessoais.
É forçoso analisar, no entanto, que talvez seja justamente o elo que nos une, enquanto sociedade, a incapacidade que tem o ser terreno de perceber a verdade que está no íntimo das pessoas. Ressalte-se, por bem da verdade, que muitos não percebem sequer as próprias.
Pensemos, só por alguns instantes, como seria a vida em comunidade se percebêssemos os pensamentos e sentimentos alheios! Seria uma tragédia.
A Providência Divina, seguramente percebendo a doença espiritual que marca toda a coletividade planetária terrestre, nos seus sábios desígnios, formulou, ao longo da evolução, um processo existencial no qual não fosse possível perceber tais coisas, o que nos permite viver em sociedade.
Daí a jactância de muitos em se acharem o que não são, ignorantes de que há outras realidades onde o ser é o que é. Esses, que treinam na Terra o hábito da falsidade vibratória, do engodo — seja próprio ou alheio —, quando perderem a máscara corporal densa e pesada do corpo terrestre, terão que se defrontar com a miséria íntima tão preciosamente escondida e que nos ambientes espirituais é inevitavelmente percebida por todos.
Os líderes do mundo (políticos, religiosos, comunitários e familiares), sejam de que matiz forem, não imaginam o que os espera, em nível de julgamento das consciências, quando deixam a vida terrena. Lá, para onde vão, não se pode enganar ninguém, nem a si próprios. A ilusão de grandeza — que lhes valeu pelos cargos e posições que tinham e não pelas pessoas que eram — transforma-se, inexoravelmente, em miséria existencial.
Todo o tempo é tempo de crescer e de se melhorar a si mesmo, pois somos o que somos e levamos a nossa própria herança espiritual — tendências, inclinações e habilidades — para onde formos. Não nos iludamos.
Texto de Rogério de Almeida Freitas
Publicado na seção Opinião
sa revista OQ de Portugal

Ingenuidade e Ignorância

Define-se o antropocentrismo como a doutrina que considera o Homem como o centro ou a medida do Universo, sendo-lhe por isso destinadas todas as coisas. Em última instância, que pensa assim coaduna-se com as doutrinas finalísticas (deterministas) que ingenuamente supõem que todas as coisas foram criadas por Deus para propiciar a vida humana. Muitos ainda pensam assim.
Carl Sagan ponderava que se o Universo for realmente feito para nós e que se de fato existisse um Deus benevolente, nesse caso a ciência estaria fazendo algo cruel e impiedoso, cuja principal virtude era a de pôr à prova as antigas crenças da humanidade. Mas, se o Universo estivesse alheio às nossas ambições e ao nosso destino, a ciência estaria nos prestando o mais importante dos serviços, ao despertar-nos para a nossa verdadeira situação.
De fato, o que seria da humanidade se ainda estivéssemos vivendo sob a égide da crença fanática, das fogueiras inquisitórias que estacionavam a todo custo a mente humana na mais profunda ignorância antropocêntrica? Quantos homens e mulheres ligados às letras e às ciências tiveram as suas vidas ameaçadas ou foram violentamente obrigados a manterem-se dentro das normas ignorantes da época, por uma simples visão errônea e/ou ótica distorcida dos religiosos que julgavam ser o Homem o centro de tudo?
Hoje, com as descobertas científicas nos evidenciando a sensibilidade existencial, será que ainda é aceitável esse tipo de visão?
No dia 30 de Maio de 1416, Jerônimo de Praga foi queimado vivo por apoiar as teses de John Wycliffe e Jan Huss, que abertamente condenavam diversos aspectos das posturas do clero daquela época.
No dia da sua morte redentora, vendo que uma velha trôpega trazia um feixe de lenha para aumentar a fogueira, sorriu compreensivamente e pronunciou as palavras que passaram à história ”Sancta simplicitas!”
As suas palavras ecoam até os tempos modernos perante toda a presunção terrena. Se não rompermos com a ingenuidade das nossas presunções e com a ignorância dos nossos postulados, o que pode-ria “alguém lá de fora” pensar, ao olhar, sorrindo compreensivamente, para nós — seres terrestres — e para a nossa postura?
Seção Opinião da revista OQ
Rogério de Almeida Freitas
OQ
Diretor: Armando Jorge Carneiro
Editora: Sofia Arnaud
Diretor de Arte: Antônio Mateus
Sede da redação: Rua Rodrigues Faria, nº7, 1300-501 Lisboa — Portugal
Tel. 21 3052282 Fax 21 3652288


Antes de Crer, Compreender


Durante muito tempo existiu o pensamento dominante que afirmava ser impossível ao cérebro adulto de um ser humano criar novos neurônios, sendo, portanto, o processo de envelhecimento celular que caracteriza a “idade madura” sinônimo de perda de inteligência ou, por outras palavras, a diminuição da capacidade de discernir, pensar etc.
A idade adulta traria, inevitavelmente, conforme a opinião reinante, a incapacidade cerebral de produzir bem, já que não se podia substituir os neurônios que iam “morrendo com o avançar da idade”.
Por volta de 1970, esse tabu começou a “cair por terra”, quando a ciência descobriu que em ratos adultos era possível a criação de novas células cerebrais. Assim, a neurogenese foi descoberta e, a partir dos seus postulados e de novas pesquisas, em 1988, verificou-se o mesmo em macacos adultos. Por fim, em 1998, percebeu-se que também nos seres humanos a neurogenese era possível.
No início de 1999, cientistas da Universidade de Princeton, de New Jesrey, nos Estados Unidos, começaram a fornecer os primeiros indícios que comprovam a capacidade do cérebro humano de um adulto em criar novos neurônios através do esforço cerebral e também por meio de exercícios físicos.
Assim, o esforço cerebral só se dá quando questionamos, estudamos, pesquisamos, analisamos criteriosamente temas do nosso interesse, porque apenas estes nos permitem a devida postura no campo da concentração.
Quando não nos esforçamos, através de uma reflexão produtia e persistente, não há atividade cerebral suficiente para que ocorra o processo de neurogenese.
Algumas religiões persistem em exigir dos seus seguidores a aceitação absoluta quanto às “verdades” que lhes caracterizam o conjunto das suas crenças e impedem qualquer tipo de questionabilidade. Na verdade, muitos hereges perderam a vida por terem questionados certos dogmas. Só é aceitável a crença, a dúvida jamais.
A crença, em si mesma, é uma postura íntima que pode levar a um certo comodismo que, por sua vez, produz a inércia mental, já que o cérebro se esforça pouco na pesquisa de uma nova aprendizagem. Dessa maneira, não há exercício cerebral e, não havendo o esforço da mente, sabe-se hoje que a neurogenese não ocorre.
Pode-se, então, conlcuir que a crença, da forma como é praticada na Terra, não faz bem à inteligência, já que não direciona o cérebro para a criação de novas sinapses – ligações nervosas entre os neurônios – que habilitam cada vez mais a inteligência humana na rota evolutiva.
Se não encararmos a nossa fé de forma racional, corremos o risco de transformar o nosso cérebro num instrumento decadente de percepção do mundo em que vivemos. Não foi por menos que a ccodificação espírita chamava a atenção de todos, já no século XIX, para o fato de que “antes de crer, era necessário compreender”.
O que pensar a respeito das posturas religiosas que, numa espécie de anacronismo perpétuo, defendem a crença fanática nos dogmas religiosos, impedindo todo e qualquer raciocínio? Será que, à luz do que hoje se conhece, é benéfico para a nossa inteligência submetermo-nos a qualquer tipo de credo que nos impõe a estagnação cerebral?
Com a resposta, a inteligência de cada um.
Seção: Diálogo Aberto – com: Jan Val Ellam
Revista UFO
Ano 20 Número 103
Novembro de 2004
Mythos Editora

Da Ufologia à Espiritualidade


Eis alguém que foge ao trivial, que se põe em risco pelas idéias que apresenta — apesar de afirmar não pretender veicular verdades, apenas “sementes para reflexão”.
Esse é Rogério de Almeida Freitas, ou Jan Val Ellam, que já foi ufólogo de investigar casos de ataques de ETs a humanos no sertão nordestino e hoje é uma das vozes mais ouvidas no universo espiritualista nacional.
Em sua trajetória como escritor e palestrante ressaltam-lhe duas características principais: a análise de vanguarda em ralação a assuntos históricos e sagrados — notadamente vinculados aos aliens — e a prudência que demonstra no campo das conclusões, sem apego aos conceitos que defende. Ele próprio solicita cautela a quem o lê ou escuta, seja nas palestras ou nos dois programas de rádio que veicula semanalmente (no domingo à noite): o Projeto Orbum, da Rádio Boa Nova (
www.radioboanova.com.br), de São Paulo (SP), e Conversas com a Espiritualidade, da Rádio Poty, de Natal (RN).
Seu mais recente livro, Fator Extraterrestre (Editora Zian, 2004), foi lançado na última Bienal, passando imediatamente a ocupar lugar de destaque na vasta quantidade de obras que tratam do tema ufológico e seus variados aspectos. Seja pela singularidade dos assuntos ali enfocados, ou mesmo pelo modo de exposição das idéias, o que facilita o entendimento de problemas complexos ainda carentes de repostas objetivas.
O livro tem a capacidade de conduzir o leitor pelos intrincados mistérios que unem o ser humano ao contexto ufológico. Nele são apresentadas questões sobre a origem da Cida, o entendimento do chamado “elo perdido” da gênese humana, o isolamento cósmico da Terra, as abduções, os obstáculos psicológicos e de outros naipes que impedem o estudo transparente da temática extraterrestre. Fator Extraterrestre também aborda a necessidade da espécie humana de empreender esforços para conhecer e colonizar outros planetas, vislumbres quanto ao futuro da Terra e outros assuntos ligados aos alienígenas, que sempre marcaram e continuarão a influenciar a nossa existência.
Rogério de Almeida Freitas tem um perfil profissional que em nada se assemelha às atividades literárias que desenvolve como Jan Val Ellam.
Formado em administração de empresas, ele acumula hoje os cargos de diretor executivo de Federação do Comércio do Rio Grande do Norte e de diretor de um grupo português que tem quatro empreendimentos turísticos no litoral norte daquele Estado. Segundo suas próprias definições, foi por “covardia moral, numa tentativa de preservar minha então profissão de gerente de banco, que passei a publicar os livros com o pseudônimo”.
Conforme refletia à época em que se lançou no universo literário, “caso esses livros possam ser úteis a alguém, pouco importará o nome do autor terreno”.
Freitas, ou Ellam, esteve no Programa do Jô, em 25 de junho passado, onde mostrou dominar como ninguém o tema que abraça. O apresentador, notoriamente avesso a assuntos como espiritualidade e Ufologia, tratou o entrevistado com especial deferência.
O entrevistado aceitou conversar abertamente sobre Ufologia e espiritualidade com a Revista UFO, que destacou para a missão os consultores Miriam Heder Porto e Reinaldo Prado Mello, sob coordenação do também consultor Nelson Vilhena Granado. “Ellam tem abordado questões filosóficas, históricas e religiosas polêmicas em seus livros. E sempre encontramos em suas elucidações a estranha segurança de quem parece tratar desses complexos temas com um toque de simplicidade e de coerência que sensibilizam”, declarou Granado, falando pelos três.
Por onde passa, Ellam esforça-se em ajudar a despertar as pessoas para que reflitam sobre a temática ufológica despida de apegos a conceitos e crenças. Para ele, na Ufologia não cabe crença e nem egocentrismo de opiniões pessoais porque, “sejam quais forem as cores do fenômeno ufológico, elas simplesmente representam a verdade que nos rodeia”.

UFO — Ellam, como surgiu esse seu envolvimento com a Ufologia?
ELLAM — Comecei a trabalhar desde cedo e, de certa forma, logo adquiri a independência financeira para a realização de pequenos projetos. E estudar os estranhos eventos que ocorriam no interior do meu Estado, o Rio Grande do Norte, foi exatamente o primeiro projeto de vida. Solteiro, com recursos disponíveis e fins de semana para ir a campo estudar aquela estranha fenomenologia, ajudei a fundar o então Centro de Pesquisas e Estudos Ufológicos do Rio Grande do Norte (CEPEU), DO QUAL FUI PRESIDENTE. Como os acontecimentos do Estado tornavam-se crescentes, e as notícias sobre os mesmos logo iam ultrapassando as fronteiras do Estado, fui procurado, na época, pela professora Irene Granchi, junto a quem dei os primeiros passos no estudo sério e criterioso dos acontecimentos ufológicos. Através dela conheci Bob Pratt, com quem cheguei a me dirigir por diversas vezes ao interior do RN, nas duas oportunidades em que ele veio dos Estados Unidos para estudar os tais fenômenos. Por sinal, Bob fez referência a esses estudos de campo em seus livros. Atualmente, faço parte do grupo Atlan, que de certa forma, diante da minha sensibilidade, é uma continuação do que um dia representou o CEPEU.

UFO — Por que você acabou dando uma guinada para o esoterismo, vindo até a escrever livros sobre espiritualidade?
ELLAM — Na verdade, a palavra esoterismo não se enquadra nos fatos que me envolveram e que ainda me envolvem. Mas que seja! Foi um processo independente da minha vontade, na medida em que sempre pautei meus estudos e pesquisas pela chamada metodologia clássica. A bem da verdade, devo dizer que não gostava quando via a Ufologia ser tratada com cores místicas, aquilo que hoje é chamado de canalização. Pensava, como ainda penso, que a fenomenologia ufológica já é por demais estranha aos padrões humanos para que um outro fenômeno — também estranho à verificação humana — fosse à ela associado para explicá-la, como é o caso da canalização. Estava além da condição humana controlar um ou outro processo, o que me limitava às possíveis conclusões quanto aos fatos ao meu redor. Para minha surpresa, uma série de eventos que transcendiam o padrão comum da ótica humana começou a ocorrer comigo, o que me levou a me isolar cada vez mais, na tentativa de compreender o que estava ocorrendo. Acho que só não enlouqueci porque tenho uma dose suficiente de bom humor para levar adiante os fatos da vida.

UFO — O que sobrou em sua vida da experiência que você teve com a chamada Ufologia Clássica?
ELLAM — Uma única certeza: a de que realmente um estranho processo estava acontecendo, só que produzido por um tipo de inteligência que não me é dado avaliar. Somente isso. Qualquer conclusão além desta era, para mim, uma temeridade se afirmada. Talvez por isso comecei a ser envolto por uma série de eventos que me levou a escrever — como ainda estou fazendo — uma quantidade de livros que impressiona a mim mesmo. Ainda assim, jamais pretendi ou mesmo me permiti afirmar que as teses e os possíveis esclarecimentos que modestamente tento apresentar nos livros que me foram encomendados — por essas inteligências que se dizem não-terrenas — sejam verdade. Não tenho como provar a mim mesmo, nem muito menos a ninguém, que o teor do que escrevo está correto. Devido a isso, seja nos livros que escrevo ou mesmo em palestras, sempre procuro deixar absolutamente claro a pequenez que me marca diante das “notícias” que chegam através da minha modesta capacidade de entendimento.

UFO — Você também tem uma expressiva audiência entre os segmentos espíritas e espiritualistas, não?
ELLAM — Nos programas de rádio de que participo semanalmente também procuro deixar registrado que é prudente que os ouvintes não tomem como questão de crença o que ali está sendo veiculado — e sim que aquela tentativa de esclarecimento seja tomada apenas como uma oferta de sementes para reflexão. Nada mais. Exerço apenas o direito de apresentar as teses com as quais me envolvi, sem que pretenda convencer a quem quer que seja a respeito de coisa alguma. Assim procedo porque julgo não ser apropriado falar sobre o que desconhecemos — em termos de experiência pessoal — ou dar por sabido aquilo que ainda precisamos descobrir. Agir dessa forma é expressar uma crença e não tentar formular teses quanto ao entendimento da realidade maior que nos envolve. E o “todo da Ufologia”, como costumo dizer, não cabe em nenhuma crença e muito menos no egocentrismo das opiniões pessoais.Porque, sejam quais forem as cores do fenômeno ufológico, eles simplesmente representam a verdade que nos rodeia. É questão a ser descortinada, descoberta, jamais acreditada, sob pena de continuarmos a estimular o processo de “cretinização” da humanidade que está em curso, com o perdão da palavra.

UFO — E como você observa o desenvolvimento da Ufologia na atualidade, em especial no Brasil?
ELLAM — Acho a Ufologia ainda um campo fácil para a pesquisa, para o estudo e semeadura de teses e de postulados, mas sem que haja a apressada perspectiva de se colher frutos cujo saber seja o do que consideramos como sendo verdade. Por enquanto, creio ser tempo ainda de se colher a casuística apresentada pelos fatos, estudá-la de forma criteriosa, enquanto cresce a perspectiva de análise em relação às teses que possam ser apresentadas, sejam elas quais forem. Vamos dar ao fenômeno um pouco mais de tempo e talvez o aspecto dos fatos mude — não porque o mereçamos enquanto comunidade planetária, mas sim porque os indicativos de que o processo ufológico que envolve esta humanidade, há tanto tempo, levam alguns estudiosos a admitir qa hipótese de que o mesmo, em suas linhas gerais, parece estar sendo financiado pela insistência amorosa de alguém especial que reside além das fronteiras terrestres.

UFO — Como assim? A quem você está se referindo quando fala em “financiado pela insistência amorosa”?
ELLAM — A Jesus. Refiro-me a ele e a outros. Talvez estejamos ofendendo de tal maneira a dignidade da vida, além de estarmos estragando este belo berço planetário que sustenta a estupidez existencial que, partindo da premissa de que realmente os ETs existem e já estão por aqui desde há muito, sejam eles quem forem, seguramente devem ter uma certa reticência em nos contatar. Afinal, vivemos como monstros, matando-nos uns aos outros sob as mais enlouquecidas argumentações, abrindo criancinhas vivas para retirar os seus pulmões e vendê-los no mercado negro de órgãos — o que certamente deve espantar a quem quer que nos observe de fora. O interessante é que muita gente na Terra tem medo dos ETs quando, na verdade, devem ser eles que “morrem de medo” da espécie biológica que domina nosso planeta. Muitos aliens já vieram a Terra e deram as suas vidas com o objetivo maior de, mais que ensinar, testemunhar o único modo que o ser terráqueo tem à sua disposição para evoluir, que é o de construir o comportamento elegante — sob a perspectiva das leis e dos costumes siderais — que marca a conduta de qualquer cidadão cósmico minimamente evoluído. Nesse ponto eu falo da postura amorosa para com o próximo e para com tudo mais que o envolve.

UFO — Mas o que tem a ver o sentimento de amor e a memória de Jesus com o assunto Ufologia?
ELLAM — Infelizmente, o tema amor é encarado como algo utópico, desfigurado pela hipocrisia do proselitismo estéril do sentimento religioso pouco evoluído e, portanto, inadequado para a prática por parte de seres que entronizam a esperteza e a violência como a tônica de suas vidas — apesar de falarem sobre o amor em todas as suas formas de cultos. Sob essa perspectiva, da mesma maneira que os humanos violentos deste mundo estão presos nas cadeias, pois a sociedade não suporta conviver com eles, assim os seres violentos dessa parte do Cosmos parecem estar isolados nesse belo planeta — até que expressiva parte das criaturas que ali residem venha a se habilitar na arte de expressar ternura pelo seu semelhante, permitindo, assim, que a Terra deixe de ser um mundo isolado e passe a conviver com as demais humanidades celestes. Isso está prestes a ocorrer, de acordo com os postulados que defendo no livro Reintegração Cósmica (Editora Zian, 2003). A Ufologia é o elo que nos prende ao futuro. Seja ele qual for, apenas um pouco mais de tempo transcorrido e a Terra deixará de ser um mundo isolado, voltando a conviver com algumas poucas equipes de “irmãos de fora”, que já nos preparam para a posteridade. Isso, repito, conforme as notícias que tenho recebido ao longo dos anos. Posso, contudo, estar equivocado quanto ao entendimento dos fatos e das mensagens que julgo receber.

UFO — Abduções e implantes, mortes e traumas psicológicos de abduzidos, dentre outros, são aspectos inquietantes da fenomenologia ufológica. Como você analisa esses fatos?
ELLAM — Pelo que é dito através das mensagens que recebo, como também pelo que podemos deduzir, parece existir de tudo no Cosmos. E o livre-arbítrio, seja o de um ser ou mesmo de uma coletividade, parece ser a característica comum de todos os eventos que ocorrem nas muitas moradas do atualmente chamado multi-universo ou multiverso, seja em que nível existencial for. Sob essa perspectiva, na medida em que os seres que vivem na Terra já se comportam como sendo os monstros dessa parte da galáxia, que direitos poderíamos esperar de uma possível justiça celestial? E ainda, se o nosso planeta não forma uma unidade diante de quem nos observa de foram, sendo um mundo desgarrado e entregue à própria sorte, qual o problema se alguns “piratas siderais” resolvem praticar alguma forma de extrativismo, seja mineral, vegetal ou mesmo animal?

UFO — Você acha que somos uma espécie de cobaias desses seres que chama de piratas siderais?
ELLAM — Veja, da mesma forma que a nossa espécie, o Homo sapiens, utiliza ratos e macacos em experimentos laboratoriais — com a melhor das intenções — para o bem e progresso da raça humana, por que certas raças de ETs não tomariam um ou outro membro de nossa espécie para realizar experimentos sem que, com isso, exista alguma maldade por parte deles? Afinal, aos olhos de quem nos observa de lá de fora, nós somos o quê, senão um bando de animais matando uns aos outros? Creio, portanto, que essas ocorrências fazem parte de uma etapa que já está achando — se é que já não terminou de vez em 1989 — e o que ainda estamos observando parece ser apenas a representação de eventos que ocorreram em grande número até um certo momento do século que findou.

UFO — Você não fala muito de Ufologia Clássica em seus livros, mas de outros temas ligados à ela. Quais os principais assuntos que enfoca neles?
ELLAM — A tese exposta nas perguntas anteriores é uma das questões analisadas, por exemplo, no meu último livro, Fator Extraterrestre. Ou seja, a tese de que a Terra está a ponto de deixar de ser um mundo isolado, habitado por esses seres que se encontram em débito para com as leis que legislam a vida cósmica, e que por isso, passível de ter no seu cotidiano a prática de loucura de todos os naipes, sejam elas praticadas pelos que aqui vivem como também por alguns que chegam de fora. Além desse, são inúmeros os temas apresentados nos dez livros que já publiquei, entre uma das centenas que escrevi e que aguardam publicação. Isso não me permite melhor abordar tais assuntos com a profundidade que gostaria nessa oportunidade. Diria, porém, que a reintegração da Terra ao convívio com as demais civilizações dessa parte da galáxia, a análise do passado sob outra perspectiva que não a tradicional e o estudo dos preceitos da revelação cósmica ainda por vir, são temas cruciais que abordo em minhas obras. Isso, além, é claro, de falar da figura de Jesus, sua vida e os múltiplos painéis — terrenos, extraterrestres e espirituais — que o cercaram, assim como do amor como atitude natural do exercício pleno de uma cidadania cósmica e o vislumbre de um possível futuro que nos espera. Esses assuntos formam, enfim, uma espécie de pano de fundo apresentado em meus livros.

UFO — Na sua opinião, qual a intenção dos extraterrestres pouco evoluídos ao visitarem a Terra? E a dos evoluídos?
ELLAM — Devemos ter muito cuidado na utilização do vocabulário terrestre quando estamos nos exprimindo em relação aos aspectos extraterrestres que nos envolvem já que, seguramente, existem níveis, conceitos e situações completamente distintas em relação àquelas que estamos acostumados a observar através da ótica terrena. Porém, tudo o que remos para nos expressar são as palavras, o que nos remete a um risco calculado de expressão quanto a assuntos desse naipe/ Mas, tentando formular uma resposta razoável sobre essa questão, diria que o que pode ser chamado de ‘pouco evoluídos” refere-se exatamente a seres cósmicos cujo psiquismo existencial ainda não está adequadamente desperto para exercício pleno da cidadania cósmica — ou seja, seres que ainda se comportam como indivíduos pouco elegantes, sob a perspectiva do ideal fraterno, que parece ser o grande farol ideológico a iluminar a caminhada ascensional das muitas famílias siderais. Esses são seres que, mesmo sem maldade, ainda tentam a dominação produzindo as guerras e os conflitos, praticam o extrativismo inconseqüente que se assemelha ao conceito conhecido na Terra como pirataria. Seriam, enfim, seres que, mesmo podendo dispor de um acentuado nível tecnológico, ainda não descortinaram o aspecto espiritual e os seus correspondentes valores no campo da ética cósmica, que regem a evolução de qualquer cidadão do universo.

UFO — E dos seres evoluídos?
ELLAM — Bem, aqueles a quem chamamos de evoluídos parecem compor uma espécie de organização sideral, que enxerga em qualquer ser cósmico um irmão da grande família universal, atuando sempre dentro dos padrões do ideal de fraternidade. São seres muito desenvolvidos, elegantes, amorosos, mas estão longe de serem deuses ou qualquer coisa que a isso se assemelhe. Afinal, como dizia Jesus: “Perfeito, somente o Pai”.

UFO — Causa-lhe desconforto ser um ufólogo pouco convencional? E o fato de ser visto como anunciador ou profeta da chegada de Cristo que, conforme as idéias apresentadas nos seus livros, parece ser o primeiro contato oficial com seres de outros planetas?
ELLAM — Sim, o desconforto é inevitável. Mais expressivo ainda ele se torna na medida em que percebo que sou um homem comum, cheio de fragilidades, sem enxergar em mim mesmo estatura intelectual e moral suficiente que me permita ser utilizado por seres de fora nesse processo, Mas, fazer o quê? Pelo menos tenho o consolo, apesar de ninguém poder ou desejar provar coisa alguma, de não precisar acreditar em espíritos e em ETs. Simplesmente sei que eles existem, o que é muito diferente. Tenho motivos claros e objetivos, para assim me expressar. No meu caso, o que não consigo aferir e controlar é se o que me é revelado está correto ou se está sendo convenientemente bem compreendido de minha parte.

UFO — Você não considera muito conhecimento para transmitir a terceiros?
ELLAM — O meu problema é esse. Ele refere-se ao fato de, por saber que toda a água do mar não cabe em um simples copo, deduzo obviamente que a minha condição humana não pode ter a pretensão de estar compreendendo elucidações que a extrapolam por completo. Mais que isso, quando vou tentar registrar o que julguei compreender do que me foi repassado, aí é que verifico quanto eu erro na tarefa de registrar, através de escritos, o que imaginei ter entendido. Termino irremediavelmente interferindo num processo de informação que, por sério que seja, terá sempre a fragilidade de estar sendo formulado através de um ser humano com imperfeições. Assim, a angústia e o desconforto são inevitáveis. Mas é maior que isso a boa vontade que tenho de servir ao que julgo ser “um processo” muito sério para toda a raça humana.

UFO — O uso do nome de Jesus é uma constante para muitos segmentos da sociedade e nem sempre com boas intenções. Como você vê isso?
ELLAM — afirmar que Jesus um dia volta, sob certo aspecto, é cômodo. O meu dilema é que, a pedido desses seres, estou afirmando nos livros — e por isso peço toda prudência por parte dos leitores — que ele está por voltar ao tempo das nossas vidas. Só que virá agora na sua condição natural de autoridade celestial, acompanhado de seus assessores — que eu chamo de hostes angelicais — para conduzir o momento em que a Terra lentamente reintegrará a convivência com as demais famílias siderais, conforme ele próprio deixou anunciado quando aqui esteve. Não é questão para se acreditar ou não, mas aguardar os fatos enquanto se leva a vida adiante, independente de tudo o mais. Afinal, navegar é preciso, sempre.

UFO — Ellam, você tem alguma religião?
ELLAM — O que me norteia é o conjunto de princípios que elegi como sendo a minha doutrina de vida ou o meu código de conduta perante a vida. Na formação desses princípios, retirei de muitas fontes religiosas as essências filosóficas legadas pelos grandes mestres que viveram na Terra. Minha formação foi católica, já que fui aluno marista — formação pela qual tenho muito carinho, pois ajudou a construir meu caráter. Mais tarde fui envolvido por amigos espirituais e extraterrenos, o que me levou a expandir as fronteiras da minha busca, quando mergulhei nos ensinamentos dos espíritos e nas doutrinas orientais. Assim, vivo conforme me permitem as circunstâncias, sem me arvorar em coisa alguma. Tomando como minhas as palavras de Fernando Pessoa, diria que “não sou nada, nunca serei nada, não posso querer ser nada. À parte isso, tenho em mim todos os sonhos do mundo”. Se tivesse uma religião, diria que é a mesma de Jesus, de Ibn Arabi, de Gandhi, de Einstein e de tantos outros: a religião do amor.

UFO — Como você encara a submissão de pessoas a credos massificantes e totalitários?
ELLAM — Creio que o ser cósmico é um viajante da eternidade, independente de onde possa estar vivendo temporariamente. Assim, sendo herdeiro das eras, a vida na Terra, apesar de passageira e rápida, é também momento de manter a caminhada através da estrada da vida terrena. Essa estrada tem muitas fontes com água cristalina, para matar a sede espiritual do caminhante, além de muitas passagens maravilhosas e singulares que se renovam a cada curva da jornada. Quem se detém em uma dessas fontes e ali permanece, sentado ao seu redor, não está fazendo nada de errado, apenas deixa de caminhar e assim de observar tantas belas paisagens e outras fontes ao longo da estrada da vida. Estacionar em uma delas, pelo menos da forma como atualmente são professadas, escravizando o fiel ao estrito cumprimento das obrigações de culto daquela religião, talvez não seja a atitude mais produtiva daqui por diante. Por isso procuro andar sempre, bebendo de todas as fontes ali dispostas pela generosidade da providência, sendo eternamente grato por poder observar tantas paisagens e firmando, a cada passo, op meu ideal de vida no comportamento amoroso.

UFO — Você faz grande divulgação do Projeto Orbum. Como ele surgiu e a que se propõe?
ELLAM — O Projeto Orbum é apenas um convite à reflexão sobre um tema adjacente à questão ufológica e que tem tudo a ver com o futuro da Terra, que é a questão da cidadania planetária. Seu lema é: “Filie-se espiritualmente a essa idéia”. Ou seja, filie-se à iniciativa de construir na Terra o ideal de fraternidade. Entre os que aqui vivem, independente das fronteiras da geopolítica do mundo, como também daquelas de caráter religioso, racial etc. Nada mais. Ao longo dos anos e, em especial, através do programa Projeto Orbum, que temos semanalmente na Rádio Boa Nova, de São Paulo, de vez em quando recebemos perguntas de alguns ouvintes questionando o que é preciso mandar retrato para carteirinha, pagar anuidade etc. O projeto não é nada disso. É apenas um convite para que vejamos o amor ao próximo como o tempero político das nossas vidas. Qualquer extraterrestre que nos vê lá de fora enxerga apenas uma família vivendo na Terra. O projeto convida a que reflitamos sobre esse assunto.

UFO — Na sua opinião, alguns governos têm conhecimento da presença dos ETs visitando a Terra? E se sabem, por que não divulgam?
ELLAM — Esse é um assunto complexo. Não creio que os governos saibam sobre a existência dos ETs, pois isso modificaria o contexto da assertiva. Para mim, e estou seguro, há grupos de elite que compõem alguns governos da Terra que sabem sobre os ETs. Assim fica melhor colocado. Precisamos entender que os presidentes das nações estão reféns de certos processos econômicos em curso desde o chamado Consenso de Washington. São as macroforças que comandam o que hoje ocorre no mundo, e não os governos nacionais. Estes são eleitos exatamente pela influência daquelas. Assim, as elites que se perpetuam em alguns em alguns governos sabem a respeito dos ETs, sem dúvidas. Mas não creio, contudo, que certos presidentes que mal conseguem dar conta das próprias idéias consigam lidar com um assunto desse porte. Nesse contexto, infelizmente, o continente americano, tanto o do norte como o do sul, parece ser exemplo emblemático do que ora afirmo. Na verdade, mais que uma constatação diante das evidências factuais.

UFO — a ciência acadêmica está preparada para o contato com extraterrestres? E as elites religiosas? E o homem comum?
ELLAM — Penso que há dois componentes fundamentais para o contato com seres evoluídos de outros orbes: lucidez intelectual e simplicidade no campo das emoções. O chamado conhecimento acadêmico do mundo e as elites religiosas me parecem estar distante de possuírem ou de praticarem as duas coisas. Entretanto, o “homem comum” parece ter uma certa dose de simplicidade. Se observarmos bem, o que estamos aqui denominando como sendo o “homem comum” forma a maioria da população da Terra. E mais interessante ainda é perceber que essa maioria tende ao bem. Pena que a mídia não dê notícias desse aspecto da raça humana. Afinal, o que se vende é a desgraça sensacionalizada, daí a sensação terrível de que o planeta vive num caos, o que na realidade não é bem assim.

UFO — Você já teve algum contato direto com seres extraterrestres ou sua convivência com aqueles que você chama de mentores cósmicos se dá apenas no campo mediúnico?
ELLAM — Como disse anteriormente, não costumo crer nisso ou naquilo. No caso dos extraterrestres, afirmei que sei da existência dos mesmos. A conjugação do verbo saber, nesse caso, implica em conhecimento direto, ou seja, vivência direta — e não em experiência mediúnica ou como postura de crença. Comecei a escrever em 1990, movido por aspectos mediúnicos, o que até hoje faço. E motivado por circunstâncias e uma grande dose de hesitação, comecei a publicar os livros em 1996. Por covardia moral e atendendo a outras obrigações da vida, notadamente as do campo profissional, publiquei os livros com um pseudônimo, pois pretendia o anonimato. Pensava que, se o que estou escrevendo servir para alguém, pouco importará o nome do autor. Meu plano, porém, não deu certo. Tive que assumir. Para meu conforto, desde 1999, parei de ser alguém angustiado quanto à questão da existência ou não dos ETs nas vizinhanças da Terra. A partir dos fatos, passei a ter certeza da existência de tais seres. Resta apenas a dúvida se o que me está sendo informado tem sido devidamente compreendido por mim. Sei que, com as minhas imperfeições, estrago muito o que procuro escrever. Torço firmemente para que pelo menos as odeias centrais dos livros estejam corretas. Caso um dia as perceba equivocadas, serei o primeiro a dar notícias disso e a pedir desculpas aos leitores. Até lá, é tudo o que posso fazer. Por enquanto, é o que posso dizer.

UFO — Você anuncia em seus livros que estamos vivendo os últimos tempos antes de uma certa hora oficial, na qual haveria o retorno do Cristo, presidindo uma comitiva cósmica que visitaria a Terra restabelecendo a convivência do nosso planeta com outras civilizações. Você chama isso de reintegração cósmica, mas quando ela se dará?
ELLAM — Pelo que tenho entendido das informações recebidas e dos fatos em curso, isso se dará para a presente geração que se encontra vivendo na Terra — ou seja, a qualquer momento. É aguardar para ver. Até lá, que tal treinar os nossos espíritos na arte de expressar ternura uns pelos outros, independente de tudo mais?

UFO — E sobre o futuro, o que devemos esperar?
ELLAM — Enganam-se os que pensam que Jesus, os extraterrestres ou seja lá quem for, virá fazer pelo humano terrestre o que ele precisa realizar com o seu próprio esforço evolutivo. Esses seres apenas ajudarão até o limite do livre-arbítrio e do mérito moral dos que vivem na Terra. Infelizmente, como ainda não prendemos a viver uns com os outros, é notório que também não sabemos conviver com seres mais evoluídos, já que temos a estranhíssima tendência a tratar qualquer pessoa que para nós possa representar algo mais como uma espécie de semideus. Imaginemos o que não poderá ser feito em relação a esses seres e, em especial, em relação à figura daquele a quem conhecemos como Jesus, que já foi transformado em Deus desde o Concílio de Nicéia, no século quatro. E o pior: acostumamo-nos a transferir para esses seres responsabilidades que nos são próprias. Assim, creio que os primeiros contatos com seres de outros mundos serão rápidos, porém suficientes para que não existam dúvidas. Com o suceder das gerações, aí sim, esses contatos se repetirão suavemente, sem atropelos, quando os tempos permitirem. Décadas adiante no tempo atual, a Terra finalmente estará reintegrada ao circuito da convivência com as demais civilizações dessa parte da galáxia. Até lá, muito trabalho espera por todos nós. Mãos à obra!

Entrevista dada à revista UFO

Diálogo Aberto

Famoso autor espiritualista, que já foi ufólogo científico, afirma que os extraterrestres preparam uma exibição pública mundial. E para os próximos meses!

Entrevista concedida a A. J. Gevaerd
Colaboraram: Miriam Porto Heder, Reinaldo P. A. Mello e Nelson Vilhena Granado

Poucas pessoas na Comunidade Ufológica Brasileira têm as características de Jan Val Ellam, pseudônimo do executivo potiguar Rogério de Almeida Freitas. Aliás, tendo um tráfego igualmente intenso nos círculos espiritualistas do país, pode-se dizer que também neles Ellam se distingue com facilidade. Autor de 15 obras até o momento – e muitas outras ainda a serem publicadas - obras que ora abordam espiritualidade pura, ora cruzam ambos os campos, ele tem se destacado por fazer afirmações fortes e contundentes, igualmente em ambas as áreas. Ellam parece ter uma noção muito nítida de como Ufologia e Espiritualidade se misturam, e dá sentido prático a essa visão ao proferir palestras que encaram de maneira única a manifestação alienígena em nosso planeta. Ele vê e narra com excepcional objetividade como nossos visitantes interagem com a raça humana terrestre, que, para ele, é a apenas parte adormecida de uma vasta espécie de seres cósmicos que habitariam inúmeros planetas, mas que não dá conta de sua importância para o conjunto.
“Não peço que creiam em mim, apenas solicito que reflitam sobre o que estou falando. E se o estou fazendo é porque julgo saber tratar-se de revelações que me foram narradas por aqueles que muitos de nós chamam de ‘irmãos cósmicos’, e que são isso mesmo: seres muito semelhantes a nós, mas mais evoluídos, como irmãos mais velhos”, declara o ufólogo espiritualista. Não é retórica. Ele confessa muitas vezes se surpreender com o conteúdo das informações que recebe – ou “acessa”, como prefere dizer –, assim como quem acaba de ler um livro e tenta assimilar o que tais páginas contêm. Ellam está longe de ter o perfil de um guru ou um místico. Formado em administração de empresas, ele ocupa hoje o cargo de diretor executivo da Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado do Rio Grande do Norte, além de ser consultor de grupos estrangeiros que investem daquele Estado. Para agregar credibilidade à sua figura, basta também dizer que Ellam, ainda enquanto Rogério, há mais de 20 anos, já foi ufólogo de carteirinha, desses de sair a campo e investigar casos de ataques de ETs a humanos no Sertão Nordestino, chegando a trabalhar com a Professora Irene Granchi e o norte americano Bob Pratt, tendo sido, inclusive, por este último, citado em seu livro “UFO Danger Zone”.
Sua inclinação para a interpretação espiritualista do Fenômeno UFO iniciou-se através de experiências pessoais que passou a ter. “Foi uma série de eventos que transcenderam o padrão comum da ótica humana, que me levaram a me isolar cada vez mais, na tentativa de compreender o que estava ocorrendo. Acho que só não enlouqueci porque tenho uma dose suficiente de bom humor para levar adiante os fatos da vida”, declarou à Revista UFO em uma entrevista publicada na edição 103, de setembro de 2004. Foi tão forte o impacto desses eventos que Rogério de Almeida Freitas adotou o pseudônimo Jan Val Ellam e, a pedido desses irmãos cósmicos, passou a escrever, incessantemente, obras sobre essa nova perspectiva com que passou a ver a ação de nossos visitantes na Terra. Sobre a estranheza do pseudônimo, o que levou muita gente a especular uma natureza esotérica para sua mudança, ele explica que foi uma escolha pessoal e que, de qualquer forma, passou a usá-lo porque, caso o que ele estivesse escrevendo em suas obras fosse de fato útil a alguém, pouco importaria o verdadeiro nome do autor.


Assessoria de forças poderosas

Determinados segmentos espiritualistas brasileiros já falam abertamente que, na verdade, não é nem Rogério nem Ellam quem escreve as obras, mas forças realmente poderosas que o assessoram ininterruptamente. O engenheiro elétrico e consultor de UFO, Reinaldo Prado de Albuquerque Mello, chegou a comparar sua atividade como uma “conexão de internet de banda larguíssima com outras realidades”, através da qual uma sintonia constante e em perfeita integração é mantida entre Ellam e as inteligências cósmicas de que tanto fala. Ele não faz segredo disso e admite estar realmente em contato constante com avançadas inteligências cósmicas, mas já as vê com a naturalidade de quem convive com elas há anos. Se ufólogos mais ortodoxos contestam tais suposições, ainda que discretamente, o fato é que poucos seres humanos têm bagagem para escrever uma quantidade tamanha de livros com vasto, rico e aprofundado conteúdo em tão pouco tempo, como as de sua autoria. E Ellam os escreve durante a madrugada, já que trabalha em horário integral, como qualquer mortal, e ainda precisa dividir suas atividades profissionais com a apresentação de conferências no Brasil e no Exterior (Angola, África do Sul, Moçambique, Cabo Verde, Portugal, Espanha, França e Inglaterra). Lá fora ele também é conhecido como o idealizador do Projeto Orbum, um manifesto que trata da cidadania planetária.
Em uma de suas obras, Fator Extraterrestre [Editora Zian, 2004], Ellam discute questões sobre a origem da vida, o entendimento do chamado “elo perdido” da gênese humana, o isolamento cósmico de nossa espécie, as abduções e os obstáculos psicológicos que impedem o estudo transparente da temática extraterrena. Em recente conferência em Campo Grande (MS) condenou a persistente repulsa religiosa, científica e governamental à questão da presença alienígena na Terra, explicando as razões para que, mesmo após décadas de sua comprovação, ainda haja resistência a tal realidade. “Ao ser humano falta conhecimento de seu próprio passado e humildade suficiente para compreender coisas mínimas que nos acontecem desde nossos primórdios, que nos ligam à questão extraterrestre e indicam a fartura da vida no universo”. Suas palestras e livros referem-se amplamente à figura de Jesus, a quem chama de Mestre e estaria intimamente ligado ao Fenômeno UFO. Isso atrai muitos de seus admiradores, mas também um pouco de incompreensão por parte daqueles que querem uma dissociação dos fatos religiosos da coisa ufológica.
“Essa interpretação dos fatos é um erro”, diz Ellam. “Pois Jesus não tem absolutamente nada a ver com qualquer religião. Um estudo da história pré-bíblica nos mostra que o Fenômeno UFO já se manifestava em nosso planeta com vasta abrangência muito antes de Jesus vir a Terra. E ele veio como um ser de nossa própria espécie, mas de outras ‘moradas da Casa do Pai’, nos mostrar que estávamos errados em quase tudo que fazíamos”.
Para Ellam – que não tem receio de atrair a ira dos espiritualistas ortodoxos e doutrinários que vêem a figura de Jesus de uma maneira religiosa –, ele é uma Autoridade Celeste que encarnou como homem e que tinha poderes especiais e com uma mensagem definida e clara, que não foi entendida por ninguém nem naquela época, nem agora. “Jesus nunca pediu que erguêssemos religiões para ele ou para o Criador, mas apenas que respeitássemos e amássemos uns aos outros, conceitos que são, no seu mundo de origem e pelos quais transitou, uma condição absolutamente normal de vida, e que apenas aqui na Terra parece não fazer qualquer sentido”.

Mudanças radicais para a humanidade

Jan Val Ellam é um homem que, apesar de ousado, sempre foi equilibrado e reconhecido pela seriedade com que trata os assuntos ufológicos e espiritualistas, avesso ao sensacionalismo ou à primariedade nas discussões sobre tais temas. Mas saiu definitivamente de sua posição de prudência e contenção nas últimas semanas, surpreendendo a todos com afirmações da maior gravidade sobre fatos que estariam para ocorrer no planeta. “Nunca quis nem quero aparecer, e trabalho para divulgar informações que recebo por julgá-las importantes para muitas pessoas. Agora, o que passei a receber desde março passado tem sido tão pesado e tão contundente que precisarei revelar a tantos quantos queiram me ouvir”.
Em suas palestras mais recentes, Ellam tem rompido uma barreira intocável mesmo para o mais audacioso dos profetas, para transmitir os fatos que diz ter tomado conhecimento através de seus canais. E eles são realmente chocantes. Ele sustenta que foi informado de que o momento de um contato oficial e formal com nossos visitantes extraterrestres está não apenas próximo, mas que já tem data marcada para acontecer – dentro dos próximos meses, entre novembro de 2006 e abril de 2007.
Sim, Jan Val Ellam afirma que seus inspiradores cósmicos, os mesmos que o orientaram a escrever seus textos de rico conteúdo, lhe informaram que farão finalmente uma apresentação mundial e inconfundível de sua existência, marcando inclusive data. “Será algo para ninguém duvidar. Nem a mídia, nem os cientistas e nem mesmo os governos. Não haverá como alguém contestar. E depois disso, eles voltarão algumas outras vezes, sempre a preencherem os céus com seus veículos gigantescos, mas não pousando nem interagindo conosco até que chegue o momento propício”. Infelizmente, também segundo Ellam, tal contato formal – um marco decisivo na trajetória da espécie humana – talvez venha a ser prenunciado por uma tragédia humana: a explosão de uma ou duas armas nucelares “portáteis” ou “bombas químicas”, por volta do dia 04 de outubro deste ano. “Tudo leva a crer que tais explosões estejam relacionadas com a guerra que estamos vendo hoje entre Israel e o Hezbollah. Mas estas informações me foram passadas alguns meses antes de iniciado o conflito, quando ele nem era cogitado”, declarou. Enfatizou ainda que “Os amigos cósmicos e espirituais, sem interferirem no livre-arbítrio humano, tentariam, até o último momento, influenciar as pessoas envolvidas no processo com o fim de evitar a catástrofe localizada”.
Em visita recente à capital de Mato Grosso do Sul, junto do conselheiro especial de UFO Nelson Vilhena Granado, Ellam concedeu uma longa entrevista a este editor, em que fala do momento terrível aguardado para a humanidade, seguido de outro extraordinário e tão esperado, o contato com outras espécies cósmicas.

Gevaerd – Equipe UFO – Ellam, várias pessoas antes de você fizeram afirmações semelhantes quanto a um contato definitivo com ETs, mas nenhuma foi tão taxativa. E ninguém marcou a data de tal contato para tão perto, justamente com receio de que não acontecesse. Por que você está fazendo justamente o contrário?

Jan Val Ellam – Esse é justamente um dos aspectos do meu drama pessoal. Se estivesse veiculando “um aviso”, a pedido desses amigos cósmicos, que viesse a se cumprir num prazo longínquo, seria ótimo para o meu psiquismo pois a responsabilidade pessoal seria suavizada. Contudo, para meu desespero, tudo o que tem acontecido comigo desde o ano de 1986, promovido por esses seres e entidades espirituais que trabalham conjuntamente – entendam ou não os segmentos mais ortodoxos do meio espírita e ufológico o que isso significa – tem o condão de me permitir agora perceber que o momento há muito vaticinado finalmente assume lugar nos dias atuais.
Mais que isso: eles me pediram, o que jamais haviam feito até então, para que, se me fosse suportável, pudesse eu veicular dois avisos: um referente a uma possível “devastação” no Oriente Médio, a ocorrer por volta dos dias 03, 04 e 05 de outubro, mais especificamente nas terras da Palestina, promovida por explosões de ordem nuclear ou química; o outro se refere ao fato de que, independente da devastação ocorrer ou não (pois persistiria o esforço dessas hostes em evitar tal estupidez, sem, contudo, interferir na responsabilidade existencial do ser terráqueo) dentro de breve um tempo depois, compreendido entre a segunda quinzena de novembro de 2006 até o mês de abril de 2007, teria lugar o cumprimento da promessa feita pelo Mestre Jesus, quando aqui esteve, de retornar a Terra no seu estado natural de autoridade celeste, sendo este o primeiro contato oficial que os terráqueos teriam com seres de outros orbes nos tempos atuais.
Esse fato marcaria o primeiro momento do processo da tão esperada reintegração do nosso planeta ao intercâmbio cósmico. Seria o fim do isolamento que há muito temos experimentado. Afinal, somos as companhias indesejáveis dessa parte da galáxia pois cometemos todo tipo de crime que atenta contra a dignidade da vida cósmica. Após essa primeira visita (objetiva, clara, inequívoca, filmada, retratada, porém, rápida, talvez de algumas horas ou menos – conforme dedução pessoal diante das informações recebidas) outras se seguiriam, acostumando mais e mais o ser terráqueo à retomada da convivência com as outras humanidades celestes, num primeiro “momento”, seguindo-se, em tempos futuros, de contatos com outras espécies extraterrenas, todas elas vinculadas ao Ideal de Fraternidade Cósmica.
Por que estou agindo assim? Porque não encontro outro modo para conviver com esses fatos. Seria cômodo, até mesmo de boa estratégia perante a ótica terrena, pelo fato de julgar saber a data desse primeiro encontro, permanecer calado, sem me expor, registrando essa data de modo a confirmar posteriormente que já era do meu conhecimento, etc e tal. Se dependesse somente das minhas conveniências, não tenha dúvida de que essa seria a minha atitude. Contudo, para meu desespero moral, existe o pedido da parte desses irmãos, sobre cuja conveniência não ouso medir, que me impele a perceber a delicadeza de tudo o que por eles foi realizado ao longo desses 20 anos de convivência.
É como se todas as opções por eles planejadas tivessem falhado e o apelo vindo do outro lado teria como objetivo talvez o de criar uma outra opção que sequer existia, apesar de ventilada de algum modo já que eles insistem em me informar que eu teria assumido este ou aquele compromisso com o processo. Sabe-se lá!
Diante do que pude e posso perceber, seria uma desonestidade moral de minha parte – perante eles – novamente acovardar-me na minha condição humana quando o convite é para que nós, seres humanos, nos agigantemos em ousadia amorosa, independente do preço que o mundo possa cobrar pelo atrevimento. Pelo que depreendo de toda história, espiritualmente falando, meu espírito teria se comprometido com eles isso fazer se fosse por eles solicitado. Agora que o fazem, tenho que encontrar forças em mim mesmo, em plena condição da minha presente existência, para levar adiante a solicitação que me foi feita. Como não sou crente ou movido por fé religiosa só me resta a opção de me firmar somente em mim mesmo, no meu código de conduta filosófico que arquitetei como regra maior da vida. Estou lidando com fatos e não com questões produzidas somente por fenomenologia mediúnica. Contra fatos nada posso argumentar, somente observá-los e coexistir com eles elevando o meu nível de questionamento intelectual até onde for possível. É o que tenho feito. Daí admitir que posso estar totalmente enganado em relação a essa ou aquela data, mas creio saber que, em relação ao tema central da questão, ou seja, a reintegração cósmica do nosso planeta, e que esse processo está sendo superintendido pelo Mestre Jesus - em conjunto com outros avatares – e que até o ano de 2012, como tem afirmado Sai Baba, a vida na Terra passará por oportunidades de melhoria superlativas, quanto a isso não me é dado ter dúvida de nenhuma espécie.
Em resumo: o que faço, faço a pedidos de irmãos que, mesmo respeitando o meu livre-arbítrio, demonstram-me a importância (para a estratégia deles em ajudar ao gênero humano terráqueo) desse aviso, mesmo que ninguém o leve a sério; faço por não ter condições morais de negar, pois estou lidando com o que de mais simples e belo suponho poder existir. Vou fazer o quê? Assumo a responsabilidade com toda tranquilidade moral que posso arquitetar já que meu ego não está vinculado ao que faço a pedido desses irmãos. Pouco me importa se alguém acredita ou leva a sério o que ora afirmo. Compreendo mesmo como deve ser difícil para alguém, além de mim mesmo, avaliar um processo que foge totalmente à ótica terrestre, pelo menos a que caracteriza a humanidade nos dias atuais. Daí nada espero de quem quer seja.
Gevaerd – Equipe UFO – Você sabe que suas revelações podem trazer sérias conseqüências para muita gente, principalmente os ouvintes de suas palestras, seus milhares de leitores e os da Revista UFO, por exemplo. E caso não se concretizem, suas afirmações poderão ter conseqüências ainda mais sérias, especialmente para sua credibilidade. Você não tem receio disso?

Jan Val Ellam – Óbvio que sim, pois admito, e como admito, a possibilidade de estar enganado no varejo, ou seja, nos detalhes da questão notadamente no que se refere à data do que seria o primeiro encontro oficial com eles. No grosso da história, creio que não, pois seria admitir que seres extraterrenos, macomunados com entidades desencarnadas, escolheram um pobre ser humano para enganá-lo e destruir a sua honra pessoal. O que eles ganhariam com isso? Que significado isso teria?
Os seres que se comunicam comigo têm pautado suas atuações, ao longo desses anos, com as cores da elegância, da fraternidade e da delicadeza, demonstrando sempre profunda sabedoria e amor em suas expressões para conosco. Como poderiam, seres desse naipe, estarem se divertindo com alguém do meu tamanho? Assim, admito que posso estar enganado quanto ao entendimento dos detalhes de toda essa história. Mas, mesmo sem que o possa provar a quem quer que seja, sei da existência deles como também julgo saber que desde há muito esses seres estão por trás de toda uma trajetória existencial que se faz presente nas entrelinhas do que conhecemos na Terra como sendo a doutrina dos anjos decaídos, referenciado pelo estranho personagem bíblico Enoch, no passado remoto.
Esses seres dizem assessorar o Suserano dessa parte da galáxia, a quem conhecemos como Jesus, que teria nascido como um simples homo sapiens para ajudar o progresso da humanidade. Pena que o endeusamos, mas não levamos a sério coisa alguma do que ele disse, especialmente sobre o fato de que um dia retornaria para pessoalmente presidir o momento da aferição de valores morais dos habitantes da Terra.
Gevaerd – Equipe UFO - Sua convicção de que estamos mesmo prestes a ter um contato formal com ETs parece inequívoca. Sua forma de expressar mostra que você está mesmo certo disso. Mas quais são os elementos mais decisivos para que você tenha se convencido de que chegou a hora?

Jan Val Ellam – Existem duas componentes básicas nessa questão. A primeira diz respeito ao produto da minha “convivência” ao longo desses anos com espíritos desencarnados e com seres de outros orbes, mais especificamente com o conteúdo informativo resultante desses contatos mediúnicos ou seja lá como possamos classificá-los. São cerca de 20 anos recebendo um fluxo informativo que impressiona a mim mesmo, cujas informações precisas e objetivas, apontam cirurgicamente para o período compreendido entre a segunda quinzena de novembro de 2006 e o mês de abril de 2007 como sendo o “momento maior” do cumprimento da promessa do Mestre de aqui retornar. Especificar esse fluxo informativo em detalhes seria reproduzir aqui a terceira parte do livro “A Sétima Trombeta do Apocalipse: A Volta de Jesus”, o que não me é possível em toda sua extensão.
A segunda componente é o fato de que eu não acredito em espíritos e em ETs: simplesmente sei que eles existem, o que é muito diferente. Não perco, contudo, meu tempo tentando convencer quem quer que seja a respeito disso ou em relação a qualquer outra coisa. Repasso, através dos livros e palestras que faço, os “recados” que eles me pedem, e aqui devo dizer que tenho plena consciência de como estrago esses recados com a minha pequenez.
Por que sei que eles existem? Observem que, se utilizo o verbo “saber”, assim faço porque pretendo situar a existência dessas entidades muito além dos fatores de crença ou das opiniões pessoais. Se assim o faço é porque tive algumas poucas – e ainda tenho tido - oportunidades de convivência direta com esses seres pertencentes a outras humanidades celestes desde o ano de 1999. Até então, tudo o que fazia a pedido deles, funcionava como produto direto de intercâmbio mediúnico, telepatia, canalização, como queiramos chamar. Contudo, desde 1999, passei a saber que eles existem e o que restava de dúvida, pelo menos para mim, é saber ao certo se compreendo o que eles me informam, sem grandes equívocos de minha parte, como já afirmei anteriormente.
Nesse aspecto é que reside a possibilidade de equívocos no campo do meu entendimento, quanto a questões específicas. Resta ainda a hipótese já referida anteriormente de que, seres de outros orbes bem mais evoluídos estejam perdendo seu tempo para enlouquecer um “pobre terráqueo”.
Provar, contudo, a alguém qualquer coisa em relação a isso, não me é dado fazer e nem o faria, pois tenho por norma jamais impor o que quer que seja a alguém, e nem muito menos esperar receber isso ou aquilo, ser compreendido ou aplaudido, não seria ingênuo a esse ponto. Esforço-me por pretender apenas dar, mas sem jamais ter a pretensão de receber coisa alguma. Nesse trabalho que faço a pedido deles, procuro não ter apego a nenhum tipo de resultado que disso possa vir: por isso não me encantam os poucos aplausos e nem me incomodam as muitas críticas e sorrisos de soberba com os quais costumo ser brindado.
O que faço, faço por questão de consciência e se estiver enganado, pagarei o preço de fazer cair sobre os meus ombros o peso do desprezo alheio. Mas, diante dos fatos da minha vida, seria desonestidade moral de minha parte agir de modo diferente. Em não tendo opção confortável, prefiro correr o risco de “ficar mal” diante do julgamento alheio do que da minha própria consciência ou do que dela possa restar.
Imagino que não me farei compreender com o que agora afirmo, mas neste caso estou lidando com uma questão de princípio, e não me permito transigir em matéria de princípios. Seria vender a minha alma ao temor, ao medo, à conveniência e isso não faço, pois, apesar de pequeno e cheio de defeitos, sei que estou tendo o privilégio – sabe-se lá porque – de lidar com o que de mais belo existe por trás da percepção terrena e que nos envolve a todos.
Já me acovardei em 1996, quando assumi um pseudônimo para publicar os livros já que não pretendia aparecer por comodidade pessoal. Na época não me era dado avaliar a questão com as cores que hoje faço. Não poderia repetir o mesmo erro já que agora sou sabedor em relação aos fatos e não mais um simples instrumento mediúnico. Sou espécie de co-autor, para o bem ou para o mal, no campo das minhas decisões e no que se refere ao andamento do processo, no seu aspecto terrestre, com o qual estou totalmente envolvido.
Não espero compreensão, nada quero e nada pretendo do contexto humano. Simplesmente não tenho outra opção, diante dos fatos, que me permita permanecer fiel ao código de conduta traçado pela minha própria consciência, que não a de lavar adiante esse aviso, mesmo que passe despercebido. Importa-me aqui a paz de consciência e não a possível função ou utilidade do que ora faço já que nada disso posso medir.
Gevaerd – Equipe UFO – Durante o processo de informação destes fatos futuros a você, você não se questionou se poderia estar havendo, digamos, uma falha de comunicação ou um erro de interpretação da mensagem? Ou ainda que seus interlocutores cósmicos estivessem fazendo apenas uma mera suposição, e não garantindo que fariam uma apresentação pública?

Jan Val Ellam – Sim! Desde o dia 14 de março do corrente ano, venho “brigando” comigo mesmo, fazendo-me cotidianamente as seguintes perguntas: a) É possível perceber, por mim mesmo, que estou errado? b) Um bêbado reconhece a bebedeira? c) É possível a alguém que está louco atinar com a própria loucura? d) O que será que preciso fazer para descobrir que estou equivocado? e) Com quem poderia falar para receber algum aconselhamento quanto a essa questão? f) Existirá alguém na face da Terra que saiba sobre esse assunto e pudesse algo me orientar? g) Quem poderá me socorrer? Desculpem, mas não resisto a uma brincadeira: acho que somente o Chapolim Colorado poderá me ajudar.
Esses seres, lá de fora, simplesmente afirmam algo que tem me inquietado ainda mais: o fato de que, observando os aspectos que eles gostariam, ou sejam, unindo os aspectos bíblicos do Antigo Testamento, com as próprias profecias de Jesus constantes nos Evangelhos, com os esclarecimentos da Revelação Espiritual (fornecida pelos Espíritos) e àqueles pertencentes ao prelúdio da Revelação Cósmica (que será fornecida diretamente pelos Extraterrestres ao longo do tempo), eles haviam me escolhido para ser o foco, em torno do qual os “últimos avisos”, imediatamente antes dos acontecimentos, seriam dados, para evitar, dessa forma, a multiplicidade de interpretações movidas por questões de ego ou proselitismo.
Afirmam ainda, insistentemente, que o desfecho que iremos testemunhar pertence a um enredo iniciado desde há muitos milênios e que foi incansavelmente anunciado por Enoch, por Zoroastro, por muitos profetas do Antigo Testamento, pelo próprio Jesus, pelo Apocalipse e que agora afirmam os Espíritos e os seres extraterrenos que assessoram o Mestre Jesus que o seu retorno e as visitas que a isso se seguirão, enfim, que todo esse processo é simplesmente iminente, estando já com a data marcada dentro do prazo que me referi. Vou fazer o quê?

Gevaerd – Equipe UFO – Você conhece a data do dia em que esse provável encontro ocorrerá?

Jan Val Ellam – Pelo que julgo saber, desde o dia 14 de março último eles me informaram, primeiro, o período compreendido entre os meses de novembro de 2006 e abril de 2007 como sendo os últimos dias dos famosos “tempos que finalmente eram chegados”. Na seqüência da explicação, forneceram exatamente o dia em que ocorrerá o cumprimento da promessa da parte do Mestre de aqui retornar. Contudo, não o posso revelar, pelo menos por agora. Para tanto, ainda não me permiti, pois julgo que a solicitação que deles recebi foi no sentido de divulgar o período por eles informado em que o encontro tão esperado irá ocorrer. Se receber orientação em contrário, ou eu mesmo decidir e caso me seja suportável, não tenha dúvida que o farei se achar que devo.
Gevaerd – Equipe UFO – Esta suposta apresentação pública, que você alega que será inequívoca e para conhecimento de todos os habitantes da Terra, tem como precedente as explosões nucleares que você também afirma que acontecerão no Oriente Médio, em 04 de outubro. Como esta informação chegou até você?

Jan Val Ellam – Exatamente dentro do contexto no qual eles me informaram a data do encontro. Ressaltaram, naquela oportunidade, que antes do encontro, infelizmente poderiam ocorrer eventos extremamente dolorosos e desagradáveis mas que, caso efetivamente ocorressem, não atrasariam nem muito menos impediriam o que já estava inexoravelmente marcado na agenda deste mundo: o primeiro encontro para os terráqueos, nos tempos recentes, com seres de outras moradas celestiais, encontro este capitaneado por aquele que na Terra conhecemos como Jesus.
Se bem entendi, por volta do dia 04 de outubro deveria ocorrer algo profundamente doloroso do tipo “explosão de bomba química, biológica ou nuclear” no âmbito do Oriente Médio, mais especificamente nas terras da Palestina. Recordo-me de que, quando “finalizei o entendimento cerebral” diante das informações recebidas, recordei-me do evangelho de Mateus, salvo engano, no seu capítulo 24, que registra a seguinte afirmação de Jesus: “quando virdes a abominação da desolação prevista pelo profeta Daniel no lugar onde não deveria estar, quem estiver na Judéia fuja para as montanhas, etc e tal. Naqueles dias, se disserem que o Cristo está ali ou acolá, não o creiais, pois do mesmo modo como o relâmpago se propaga do Oriente ao Ocidente, assim será a chegada do Filho do Homem”. Pelo que entendo, estamos falando exatamente desses tempos e de eventos preditos pelo próprio Mestre há cerca de dois mil anos. Mas quem leva isso a sério?

Reinaldo – Além do fato de você ser brasileiro e principal porta-voz dessas notícias, o Brasil tem mais alguma participação especial nesse processo?

Jan Val Ellam – Não creio. Pelo que deduzo das informações recebidas, as questões terrenas do tipo “meu país”, “minha religião”, “minha ideologia”, nada disso serve para o futuro após os primeiros momentos do processo de reintegração cósmica iminente. Essas questões pertencem ao egoísmo doentio que marca o triste caminhar da espécie homo sapiens neste planeta. Falimos, moral e espiritualmente falando, todos nós cidadãos terráqueos, para que nos arvoremos nisto ou naquilo referente aos contextos espiritual e cósmico que envolvem a vida na Terra.
Participação terá todo e qualquer ser humano na reconstrução dos padrões que minimamente dignificam a existência no nosso mundo. Porém, no âmbito dos governos nacionais e na ausência de um organismo internacional que efetivamente nos possa representar diante do cosmos, não creio que haja um encontro oficial deles com quem quer que seja aqui na Terra, pelos menos no sentido institucional do que um encontro desses poderia representar – o que não impede deles se encontrarem com quem assim desejarem isoladamente, se for o caso.
Penso que ao longo das próximas três décadas é que eles “pousarão” suas naves em visitação fraterna. Até que surja esse dia, creio que receberemos muitas visitas claras e objetivas da parte deles, com mensagens e outros eventos paralelos, mas sem o aspecto institucional. Afinal, com que tipo de autoridade terrestre eles iriam contatar? Com qual autoridade da Terra eles poderiam falar e com que intuito? Afinal, o repetimos, existe alguma autoridade planetária assim constituída que nos pudesse representar diante do cosmos? Caso existisse, o Brasil nesse contexto não tem nem teria nenhuma importância, até porque qual o exemplo que estamos dando para o mundo? Do que nós brasileiros podemos nos orgulhar? Em termos planetários, do que nós, cidadãos terráqueos, podemos nos orgulhar?
Houve tempo em que a Espiritualidade Maior sonhou estabelecer no Brasil, na sonhada Pátria do Evangelho, um foco de trabalho cujos efeitos seriam distribuídos por todo o mundo, a partir dos anos finais da primeira década deste novo século. Ficou mais uma vez no planejamento porque as três religiões cristãs que se baseiam no Evangelho do Mestre dão exemplo de tudo menos de amor ao próximo. Sequer amam os seus próprios pares.
Utilizam-se do nome de Jesus para conquistar espaços políticos, ressaltar egos e ampliar a dominação psicológica num condicionamento espiritual criminoso imposto aos bem intencionados fiéis. Perderam-se nesse enredo o protestantismo, o espiritismo e o catolicismo nas suas expressões brasileiras, por não serem capazes de exemplificar os mais comezinhos deveres morais de respeito e de amor ao próximo. Endeusam Jesus, Lutero, Kardec, papas, santos e entidades espirituais mas não se levam a sério o legado filosófico de Jesus, o seu testemunho e muito menos se homenageia o seu sacrifício de ter se feito menor para entre os menores provar, através do amor incondicional, que se pode viver com dignidade e maestria ainda que na condição humana. Convidou-nos a que cada um tomasse a sua cruz pessoal e seguisse o seu exemplo. Quem disso cuida em dar testemunho, no âmbito das religiões, com atitudes práticas de tolerância amorosa para com o próximo, independente das cores da sua religiosidade? São poucos os que se enquadram nesse contexto. Não há luz para ser ampliada nem muito menos exemplos a serem edificados na sensibilidade alheia das nações irmãs estrangeiras.
A doutrina dos espíritos e o evangelho do Cristo estão prisioneiros, sob a égide desses movimentos religiosos, e somente são distribuídos para os que se achegam com fidelidade de culto, o que nada tem a ver com a pretensão do Mestre e dos demais mentores espirituais. Nesse sentido, as luzes que deveriam ter sido acesas nas terras brasileiras para ajudar a iluminar o trôpego caminhar desta humanidade, também se encontram reféns das limitações impostas pelos movimentos religiosos, o que é lamentável.

Gevaerd – Equipe UFO – Prever o agravamento de conflitos armados no Oriente Médio não é exatamente uma novidade para nós, pois convivemos com eles há décadas. E que um dia os milhares de terroristas locais, ou mesmo o governo de Israel poderiam usar força nuclear também não é algo muito difícil de se imaginar. Muita gente pode questionar que você apenas deduziu que as explosões pudessem acontecer com base no que já vem ocorrendo naquela região. Como você reage a isso?

Jan Val Ellam – Simplesmente não me preocupo com questões desse naipe. Não vivo disso, não sou autoridade em coisa alguma e, por ter o privilégio de perceber alguns dos meus defeitos, não sou exemplo nem para mim mesmo o que me impede de ter a pretensão de servir como tal para quem quer que seja. Não pretendo convencer alguém de coisa alguma, não faço proselitismo, não estou a serviço de nenhuma crença ou religião, não tenho seguidores pois não estou indo a canto algum - e se alguém pensa estar me seguindo encontre algo melhor para fazer de sua vida pois basta de “cegos guiarem cegos” na tragicômica história desta humanidade.
Tateio sozinho por entre as sombras da ignorância que ainda me marca a expressão existencial, sabendo que, talvez, a única qualidade que penso ter é a nobreza de intenção de me movimentar nas estradas da vida pensando servir a um ideal nobre. Se nisso também estiver errado, paciência, pagarei o preço que tiver que ser pago.
Gevaerd – Equipe UFO – Como foi essa sua visão das tais explosões? Quem as iniciará e por que exatamente? E contra quem elas serão desferidas? Você consegue ou pôde ver o cenário completo da situação que as envolve, o que ocorre depois ao Oriente Médio e ao mundo, enfim, como as coisas chegaram a este ponto e como ficarão após ele?

Jan Val Ellam – Não saberia dizer. Devo esclarecer que não tive “visões”. Simplesmente fui informado quanto a algumas possibilidades dentro do compêndio de uma ciência totalmente incompreendida pelos que vivem na Terra, e aqui me refiro aos vaticínios proféticos. Segundo eles, enquanto ódio represado houver nos corações dos homens e mulheres deste planeta, infelizmente este ódio sempre haverá de ser extravasado de algum modo. Pelas injunções possíveis ao livre-arbítrio dos atores e das componentes envolvidas na questão eles definiram, na altura em que me informaram quanto a esses eventos, ou seja, no dia 14 de março e nos dias seguintes imediatos àquela data, que a arquitetura dos fatos iriam fatalmente levar a que, por volta do dia 04 de outubro, algo de muito desagradável viesse provavelmente a ocorrer naquela região planetária, ou seja, em um local próximo as terras da região que antigamente se chamava Judéia.

Gevaerd – Voltando ao alegado contato oficial com as civilizações espaciais, que ocorrerá, segundo você, entre novembro próximo e abril de 2007, você pode nos dizer quantas e quais são estas raças que farão essa exposição pública? Elas têm relação com a Terra? Você já teve contatos com elas antes?

Jan Val Ellam – Se bem entendo o que está em curso, será o Mestre Jesus, na sua forma cósmica com que normalmente se apresenta aos seres que vivem nos diversos mundos dessa parte da galáxia, acompanhado dos seus assessores que pertencem a diversas origens planetárias distintas, que se apresentará diante dos olhos dos que vivem na Terra. A forma cósmica do Mestre é bastante aproximada da sua feição terrestre, isso porque o seu corpo homo sapiens seria uma espécie de clonagem da sua própria genética pessoal cósmica, acrescida de uma certa influência genética da sua mãe terrena Maria. Esse assunto está superficialmente abordado am alguns dos livros que já publiquei a pedido dos mentores. Quanto aos assessores do Mestre e outros vultos que com ele virão (alguns deles também já viveram na Terra e respondem por outras missões das quais derivaram diversos movimentos religiosos do passado) todos apresentam forma humanóide comum aos mundos onde residem na atualidade. É quando talvez venhamos a compreender a origem que marca a vida no nosso planeta.

Reinaldo - Existe a necessidade de alguma preparação especial nossa para esse contato?

Jan Val Ellam – Não. Não há mais nada que possamos fazer. Todo o esforço desses seres que se sacrificaram nascendo na Terra para ajudar o gênero humano terráqueo foi no sentido de despertar em nós a responsabilidade existencial perante a dádiva da vida. Para tanto, o amor como atitude política, como expressão da cidadania por parte de pessoas minimamente esclarecidas quanto aos reais objetivos da vida, deveria ser então a marca das nossas posturas e atitudes. Infelizmente, pouco evoluímos nesse sentido e o que agora está prestes a ocorrer assim será porque financiado pela insistência amorosa desses seres, notadamente da parte do Mestre Jesus que a isso tudo financia com o mérito celeste que lhe é próprio. Estamos, pois, na iminência de viver dias cujos benefícios correm por conta da misericórdia do Mais Alto já que o Mestre representa, neste processo de reintegração dos terráqueos à convivência com outras humanidades celestes, o Pai Amantíssimo que, apoiado em Suas expressões conhecidas na Terra como “avatares”, velam incessantemente pelas ovelhas transviadas pertencentes a um vastíssimo rebanho sideral, que se encontram há muito agrupadas neste mundo.
Não foi por menos que o planeta Terra, desde que as recebeu, passou a ser uma espécie de mundo-hospital ou mundo-prisão e daí a quarentena cósmica que nos envolve, porque somente “doido” iria querer conviver com os “criminosos cósmicos”, atualmente prisioneiros dos ciclos encarnatórios das vidas terrenas.
O interessante é que “morremos de medo” dos extraterrestres, mas pelo que pude e posso deduzir diante do que julgo estar informado, eles são quem “morrem de medo” dos monstros terráqueos que matam membros da sua própria espécie se utilizando, para tanto, das mais tresloucadas desculpas, inclusive utilizando o nome de Deus para tanto.
Gevaerd – Equipe UFO – Segundo as informações que você recebeu, de que forma precisamente este encontro marcado com ETs vai se dar? De dia ou de noite? Em quais lugares do mundo? Quantas naves serão? Que tamanho terão? Você pode nos dar maiores detalhes sobre esse momento?

Jan Val Ellam – Pelo que julgo ter entendido, será visto por toda a população planetária ao mesmo tempo, o que implicaria em muitas naves que estacionariam a uma certa distância do nosso mundo. Será algo grandioso e delicado, pois desses seres amorosos somente podemos esperar atitudes edificadas no ideal de fraternidade que une os povos evoluídos do universo. Os cretinos somos nós e não eles. E por conta de um dos traços da nossa cretinice, o de considerar “deuses” seres que são somente irmãos nossos mais velhos e experientes na arte da vida cósmica, é que esses seres não permanecerão muito tempo nesse primeiro contato já que estaremos esperando que eles venham resolver os nossos problemas, desde a cura para a AIDs até “um jeitinho” para a corrupção moral que nos marca o lento processo evolutivo.
O fato é que ninguém virá lá de fora para resolver pelo ser terráqueo o que ele tem que aprender a cuidar por si mesmo, ou seja, respeitar a vida, os seres que compõem a teia da vida como a conhecemos aqui na Terra, o planeta que nos serve de residência e outros aspectos da existência. Eles nos motivarão com as suas presenças, que terão o condão de descortinar painéis até agora misteriosos para a percepção dos que vivem na Terra. Com as demais visitas que se seguirão, as gerações futuras mais e mais terão a consciência moral desperta para pilotarem a vida, assentadas nos pilares essenciais ao progresso planetário.

Reinaldo – Não há o perigo das nações belicamente poderosas lançarem algum tipo de ataque para tentar abater as naves?

Jan Val Ellam – Aqui repito o que já procurei abordar no livro A Sétima Trombeta do Apocalipse que anuncia a iminente volta de Jesus. Imaginemos uma nave do tamanho da “Jerusalém Celeste” medida por João e pelo anjo, descrita no Apocalipse como sendo uma “cidade voadora” a qual, pela medição ali apresentada, correspondia a cerca de dois mil quilômetros de diâmetro. A lua cheia, quando a vemos, e que se situa cerca de 150 a 180 mil quilômetros de distância da Terra, apresenta um diâmetro próximo de quatro mil quilômetros. Imaginemos, agora, diversas “cidades voadoras” desse naipe, estacionadas na mesma distância em que a Lua se encontra da Terra, distância essa que nenhum míssil terrestre possa alcançar... Talvez seja esse o sinal do Filho do Homem nos céus da Terra, como predito por Jesus. Depois de visto o sinal, ele afirmou que todos os olhos veriam o Filho do Homem vir por sobre as nuvens na sua glória, cercado por suas hostes angelicais.

Reinaldo – As naves já estão posicionadas para a aproximação final? Onde elas estão agora?

Jan Val Ellam – Pelo que imagino saber, diria que sim. Parecem estar, algumas delas, estacionadas a uma distância da Terra que corresponderia à órbita de Saturno.
O fato é que, pelo que nos foi informado, parecem ser muitas equipes de origens planetárias distintas que se congregam numa espécie de força-tarefa que atuarão nesse e em outros grandes momentos que nos esperam no processo de retorno à convivência com esses seres.
Há um pouco de tudo, no que se refere ao tamanho das naves que pertencem a essa, digamos, frota estelar. Contudo, a nave de comando, chamada no Apocalipse de Jerusalém Celeste, é uma das muitas maravilhas criadas pelo avanço tecnológico desses seres, cujo padrão, de tão evoluído que é, aos nossos olhos parece ser pura magia.
Aqui sequer me refiro aos poderes que algumas dessas naves teriam para “inibir” esta ou aquela atitude bélica a ser possivelmente produzida pela insensatez dos poderes instituídos das nossas nações.

Reinaldo – Se eles estão voltando agora, por que eles ficaram tanto tempo sem nos contatar?

Jan Val Ellam – É uma longa história já descrita em alguns dos livros que produzi com os defeitos que marcam o meu entendimento diante das informações recebidas. Não daria para reproduzir todo o contexto no âmbito dessa entrevista. Mas tem a ver com a nossa incapacidade de conviver uns com os outros porque desaprendemos a arte amar a vida como também ao nosso semelhante.
Quem, afinal, vai querer se meter entre os prisioneiros de uma perigosa detenção das muitas que existem na Terra? Ou mesmo entre os doidinhos de um hospício qualquer? Sob a perspectiva cósmica, os que vivem na Terra são criminosos enlouquecidos perante as leis cósmicas. Essa é a questão.
O sacrifício de Jesus é que financia isso que agora estamos prestes a testemunhar, ou seja, não corre por conta dos nossos méritos, mas sim, sob os seus insistentes auspícios que propiciam as renovadas oportunidades que temos tido, enquanto família planetária, de aprendermos a nos comportar como qualquer cidadão cósmico minimamente desenvolvido normalmente o faz: amando o seu semelhante - e aqui o amor aparece como expressão de cidadania cósmica esclarecida e não como tema religioso tão comum ao bobo e ingênuo proselitismo que vemos nas religiões terrestres.
Detalhe: eles afirmam que em mundos minimamente evoluídos não existe o que conhecemos como religião, até porque desnecessário. Donde se conclui que religião é característica de populações subdesenvolvidas, apartadas do progresso espiritual genuíno. É o preço da nossa própria estupidez em não saber homenagear a vida e nem muito menos, com nossas atitudes, ao Pai amantíssimo que nos legou a eternidade como palco para as nossas existências.
Na linguagem terrena, poderíamos até imaginar uma espécie de decreto cósmico proibindo as civilizações evoluídas de aqui fincarem suas bases na convivência com o ser terráqueo. E isso teria começado quando as muitas equipes de piratas extraterrenos, que praticavam – e algumas ainda faziam isso até pouco tempo atrás – diversas formas de extrativismo (mineral, vegetal, celular-animal, dentre outras) foram literalmente expulsas desse planeta pela interferência daquela entidade conhecida como Yaveh, ou o Deus dos Judeus descrito nas páginas da Bíblia.
Conforme tentei descrever no livro “Reintegração Cósmica”, esse ser foi o responsável pela “limpeza” da influência de equipes extraterrenas que coexistiam com o ser terráqueo, para que a espécie homo sapiens pudesse então ficar sozinha na Terra, como única espécie pensante, para ser possível ao Mais Alto ajudar a redenção desta humanidade.
A questão principal por trás disso é que, para a espécie homo sapiens,hoje convergem todas as falanges de individualidades espirituais complicadas diante das leis divinas, que nascem e renascem nesses corpos animais por milênios e milênios, na tentativa da tão almejada redenção espiritual. Esses espíritos doentes precisavam do isolamento para poderem então se definir, após o tempo necessário ao soerguimento espiritual, se seriam tendentes ao bem ou não.
Com a vinda de Jesus, ele testemunhou o modo como cada ser humano poderia investir a si mesmo - com um código de conduta semelhante ao que ele semeou neste mundo - de forma a embelezar a vida, e avisou que, no futuro, retornaria pessoalmente para presidir a separação do joio e do trigo, oportunidade na qual sairiam da Terra os espíritos empedernidos no mau comportamento.
Com isso, finalmente se viabilizaria o final do isolamento do nosso planeta que, ainda assim, por teimosia de algumas equipes de “piratas extraterrestres”, mesmo em quarentena, continuou a receber aqui e acolá a visita desses “Ets pouco evoluídos” - no sentido espiritual do termo. Agora que o nosso mundo está se reintegrando à vida cósmica, com a presença de algumas das conhecidíssimas naves da ponte de comando capelina estacionadas próximas da Terra, esses piratas estão caindo fora, na medida em que o nosso berço planetário voltará a ser um mundo, vamos dizer, confederado. É exatamente isso que estaria acontecendo nesses tempos que estamos vivendo, no âmbito do contexto extraterrestre que nos envolve.

Granado – Ao irem embora do nosso planeta eles deixarão algum representante de seu próprio povo ou mesmo humano terrestre? Após esse contato oficial eles voltarão?

Jan Val Ellam – Não creio que o façam até porque de nada adiantaria. Prisioneiros já somos todos nós do ciclo existencial que as reencarnações propiciam com as cores que conhecemos na Terra, queiramos ou não, saibamos disso ou não.
O interessante aqui é perceber que, o fluxo dos fatos que envolvem a cada ser humano, simplesmente acontece independente do que esse indivíduo pense, acredite ou deixe de pensar ou acreditar seja lá em que for. Reencarnamos, queiramos ou não, compreendamos ou não. Em assim sendo, ninguém conseguirá nos obrigar a ser o que não somos; ninguém nos dará ordens até mesmo porque não adiantaria coisa alguma - e já é hora de aprendermos isso. Somos completamente responsáveis pelo nosso destino. Se assim é, alguém, dentre eles, iria ficar por aqui para fazer o quê?
Tudo já nos foi dito ao longo dos milênios e não levamos a sério coisa alguma do muito que já nos foi dito e testemunhado. O ser humano médio é ainda tão tendente à inércia, ao comodismo, enfim, tão tendente à cretinice hoje como sempre foi no passado. O que alguém de fora viria fazer nesse sentido?
A outra opção da pergunta seria a de eles escolherem alguém ou alguns, dentre os terráqueos, para fazer o quê? Repito: se bem entendo o que está prestes a ocorrer, ninguém virá fazer pelo ser o terráqueo o que ele precisa desesperadamente aprender a fazer, que é criar vergonha na cara e aprender a dignificar a vida e a si mesmo como instrumento maior da dádiva dessa vida. Temos toda a eternidade para isso, queiramos ou não, saibamos disso ou não para aprendermos a utilizar o nosso livre-arbítrio.

Gevaerd – Equipe UFO – Suponho que você tenha recebido informações de seus canais também sobre o que ocorrerá após tal encontro marcado com ETs. Você pode nos dizer como reagirão as instituições do planeta, as superpotências, as religiões, a ONU etc?

Jan Val Ellam – O “day after” é complicado. Os dias que se seguirão a esse primeiro evento promovido pela insistente postura amorosa desses seres correm por conta do livre-arbítrio dessa humanidade. Esse futuro ainda está por ser escrito. Mas nada deve ser muito mais complicado do que o nosso passado, ou seja, já sofremos as grandes dores da nossa própria estupidez espiritual. O futuro, por fantasioso ou ilógico que hoje possa nos parecer, desde que preservemos o planeta da destruição, será dadivoso.
Na verdade, há muitos anos que esses seres tentam veicular avisos quanto aos tempos que, finalmente, são chegados, na tentativa de preparar o psiquismo planetário para que melhor pudéssemos aproveitar a força propulsora decorrente de um acontecimento tão grandioso, em benefício do progresso de todos os que vivem na Terra. Contudo, idéias estranhas costumam distorcer o que vem do Alto e eu mesmo sou exemplo maior desses equívocos. Por isso, aqui me refiro ao tema apenas observando o seu sentido didático, a fim de que possamos refletir sobre essas questões.
Muitos na Terra acreditam que os Ets virão ajudar os “bonzinhos” e, mesmo no caso de uma grande conflagração, os Ets retirariam da Terra os tais “bonzinhos”. Não existem bonzinhos na Terra sob a perspectiva cósmica. Somos todos “farinhas do mesmo saco” já que possuímos, em algum grau, o germe da incapacidade de amar ao próximo, além de apresentarmos, de algum modo, com o nosso tresloucado comportamento, painéis diversos da loucura que vitima a espécie homo sapiens. Não há, com raríssimas exceções de algumas poucas pessoas que vivem no hemisfério oriental do nosso mundo, “bonzinhos”, se por isso entendermos indivíduos que não possuam responsabilidade direta (desta e de outras vidas) sobre o estado caótico em que se encontra o nosso modus vivendi, acabando a biosfera planetária.
O fato é que o tal “dia seguinte”, em nenhuma hipótese vai ser pior do que os que já conhecemos no triste cotidiano produzido por todos nós. Seja lá como for o nosso futuro imediato, com ou sem explosões localizadas aqui ou acolá, este será muito melhor do que as páginas registradas na nossa história.
Peço desculpas mas não tenho como enveredar pelos caminhos do “dia seguinte” ou, em outras palavras, de como serão os primeiros dias da reintegração do nosso planeta ao convívio cósmico. O que resta da minha sensibilidade não me permite ir mais além, pelo que me desculpo.

Miriam - Com a vinda de seres a bordo de naves espaciais, certamente os conceitos científicos presentes em nossa cultura serão abalados. Como a humanidade, particularmente a comunidade acadêmica/científica deverá se portar diante desses fatos? O que muda no processo de educação da população terrestre?

Jan Val Ellam – Faço absoluta questão de pensar que não tenho a menor idéia sobre alguns possíveis desdobramentos decorrentes desse primeiro contato. Tudo o que julgo saber é que escuto desses seres praticamente o mesmo teor do que percebo dos mentores espirituais que me suportam a companhia vibratória, ao longo dessas duas décadas de convivência. Refiro-me ao fato de que todos eles sonham que o processo educacional das gerações futuras tenha na sua base a seguinte característica: todos os jovens do mundo deveriam estudar e/ou vivenciar desde cedo quatro matérias, a saber, a filosofia, os fundamentos filosóficos do que chamamos de física quântica, as posturas e os conceitos do que chamamos de desenvolvimento ou crescimento sustentável e o estudo e a prática de alguma das linhagens da Yoga com o aprofundamento posterior no que particularmente chamo do caminho silencioso da yoga profunda.
Pretendem esses seres, que todos os cidadãos terráqueos, em futuro breve, formem os padrões de suas personalidades observando a reflexão em torno da filosofia, o que os obrigará a criar um código de conduto que dignifique a vida (seja ele qual for); aprendam a perceber a realidade como sendo a exteriorização do aspecto “espiritual interior” ao ser humano, o que o torna co-responsável pela realidade ao seu redor; aprendam a consumir e a administrar as suas vidas sem detonarem as possibilidades da sustentação da vida para as gerações que ainda virão o que, em tese, responde pelo conceito do crescimento sustentável; e que cultivem, desde cedo, a boa prática da respiração yogue, dentre outros aspectos, como instrumento do controle emocional tão necessário ao exercício da soberania espiritual de cada ser humano. Assim, os adultos do amanhã terrestre, não serão figuras nervosas e tresloucadas como as que hoje respondem pelo destino planetário.

Reinaldo – Como você acredita que estará o “mundo” daqui a 50 anos caso passemos a nos relacionar constantemente com nossos irmãos cósmicos?

Jan Val Ellam – Cinqüenta anos, em tese, representa muito pouco para mudanças significativas. Contudo, como diz Sai Baba, a Terra melhorará e muito, bem antes do que possamos imaginar.
É imperioso perceber que não será por conta da retomada de um processo normal, mas que hoje nos parece ficção - que é o intercâmbio com os nossos irmãos desta parte da galáxia - que a natureza humana dará saltos. Isso simplesmente não ocorre. Após alguns inevitáveis anos de “choque” profundo na nossa viciada e limitada visão de mundo como também no nosso modus vivendi, advindos da retomada crescente dos contatos com outras civilizações, é fato que o gênero humano terráqueo evoluirá mais rápido, notadamente daqui a algumas poucas décadas. Isso porque, por esta altura, deverão estar desencarnando aqueles que hoje respondem pelas gerações “mais velhas”, vinculadas aos comportamentos fundamentalistas das religiões que envenenaram inclusive a gestão política das nações.
São, ainda, algumas poucas centenas de milhões de indivíduos que envenenam a atmosfera terrestre com o psiquismo doentio que lhes marca a ignorância espiritual profunda. São os tais cegos que pretendem impor a sua doença aos demais, manipulando-os e dirigindo-os para onde apontam as suas loucuras pessoais. Guerras e mais guerras são financiadas pela loucura advinda dessa cegueira espiritual. Seus agentes, ao saírem do palco planetário, facilitarão o trabalho das novas gerações que, seguramente, aprenderão a embelezar a vida. Quem viver verá!
Lá pela altura da sexta década deste século, somente reencarnarão na Terra melhorada, espíritos tendentes ao bem, que já encontrarão um melhor ambiente para tocarem a vida. A partir de então, os contatos com seres de outros orbes mais e mais se aprofundarão, tendo como combustível o ideal de fraternidade que os seres voltados para o bem, em todos os quadrantes cósmicos, se esforçam por construir.
Os irmãos e irmãs terráqueos que serão exilados da Terra, que não mais reencarnarão por aqui pelo menos pelos próximos mil anos, irão conviver com outras civilizações siderais ainda apartadas do bem-comum sideral, pois importa saber que há um pouco de tudo espalhado pelas muitas moradas espalhadas pelo cosmos afora.
Importa saber também que a conspiração positiva do cosmos pretende que, ao longo da eternidade, todos nos encaminhemos na direção do Pai e com Ele nos irmanemos profundamente na arte de bem viver a vida cósmica, seja lá em que forma essa vida eterna (assim Jesus chamava a vida cósmica) venha a se expressar.

Granado – Há correntes religiosas que entendem a volta de Jesus como sinal do fim do mundo, outras há que falam em resgate ou evacuação de escolhidos para serem salvos e há também aquelas que dizem que “discos-voadores” são coisas do demônio ou do capeta e assim vai... Como você interpreta tais correntes e opiniões e como deverão ser as reações de quem assim pensa?

Jan Val Ellam – Realmente somos especialistas em distorcer o óbvio da existência criando todo tipo de cretinice que nos dê sustentação ao orgulho espiritual. Jamais Jesus, nem nenhum outro dos grandes avatares que se fizeram presentes na Terra, falou em fim de mundo. Tudo o que eles falaram foi em final de ciclo, ou seja, final de uma etapa escolar, do mesmo modo que temos um ano letivo numa escola. É pura ignorância espiritual e total desconhecimento do que os livros da antiguidade falam sobre esses tempos que hoje estamos vivendo, pensar que a volta do Mestre está associado ao fim do mundo.
Quanto aos escolhidos, dói na alma perceber que o esforço de Lutero foi quase todo por água abaixo, na medida em que, se ele lutou heroicamente contra a centralização que a igreja católica detinha quanto à administração do legado de Jesus, a descentralização do culto a Jesus, por ele conquistada, hoje dá margem para que cada uma das igrejas surgidas do seu legado, professem a idéia de que somente os membros daquela igreja serão arrebatados aos céus quando do retorno de Jesus. Quanta ingenuidade teológica e quanta pretensão espiritual descabida marcam as crenças desse naipe. Primeiro porque não tem arrebatamento nenhum! Dois mil anos depois, como bem disse Pietro Ubaldi, e ninguém leva Jesus a sério, esquecidos todos da principal qualidade testemunhada por ele e, de sua parte, requerida para que alguém pudesse se afirmar como sendo um cidadão pertencente ao reino de amor do Pai Celestial: a simplicidade existencial movida pelo amor a tudo e a todos.
Se alguém afirma, criminosamente, que somente os membros disso ou daquilo terão o privilégio de receber bênçãos que não lhe pertence atribuir, seja em seu nome ou em nome de Jesus, este alguém, ou esta pretensa autoridade religiosa, está apenas fomentando a intolerância religiosa, o que é um desserviço aos esforços de Krishna, de Zoroastro, de Lao Tse, de Sidarta Gautama, de Jesus, de Sai Baba (pelo que penso, Krishna reencarnado) na tentativa de construir o ideal de fraternidade entre os doidos que vivem na Terra.
Óbvio que muitos dirão loucura de toda ordem em relação aos eventos que já se avizinham. Problema deles, como é problema de cada ser humano permitir aprofundar o seu psiquismo no processo de cretinice que ainda marca esta humanidade. Contudo, a sucessão “irritante” (assim será para os que antipatizam com o progresso espiritual por pura cegueira) de visitas e mais visitas de seres extraterrestres, fará com que essas vozes se calem, pois já não mais existirá público disponível “com estômago” para escutar tanta bobagem diante dos fatos incontestáveis.

Granado – Se a autoridade que comandará a chegada dos ETs para esse contato oficial é Jesus como ficarão as correntes religiosas budistas, islamitas e de outras vertentes frente a isso?

Jan Val Ellam – As divisões que marcam o trabalho conjunto de uma maravilhosa equipe espiritual somente existem neste lado da vida por conta da nossa cretinice. Além do fato de Jesus não retornar sozinho, fazendo-se acompanhar de outros seres que fecundaram nas páginas do passado terreno sementes para o porvir, já está em curso, promovido pelo aspecto positivo da globalização, um processo que facilitará em muito o entendimento das gerações futuras quanto a esse aspecto da questão.
É ingenuidade supor que em um ou dez dias após o grande evento, toda a humanidade terá entendido o que se passou. Óbvio que não será assim. A não ser que esperemos que alguém lá em cima estale os dedos e faça uma mágica transformando os habitantes da Terra, de uma hora para outra, em cidadãos esclarecidos, elegantes e moralmente evoluídos. O processo de entendimento será tão ou mais lento quanto mais lerda for a nossa capacidade em superar a noção dos conceitos de visão de mundo aos quais estamos tão arraigados.
Entendamos que todo esse esforço visa acender luzes para ajudar o caminhar das gerações futuras que povoarão a Terra. Quanto ao que poderá pensar esse ou aquele grupo da geração da atualidade planetária, será problema de cada um e de todos que ainda pretendam distorcer o óbvio por conta do peso da própria estupidez. Permanece a ternura do Mestre e dos demais avatares, envolvendo a todos nós. Contudo, temos que perceber que chegou a hora para a maioridade espiritual dos habitantes da Terra. Assim, não haverá mais muito tempo para aqueles que, com suas posturas e esquisitices, ainda que detenham poder institucionalizado, estejam atrasando progresso planetário. Mais um pouco e acabará o tempo no qual esses “donos do planeta” se acostumaram a impor o jugo de suas cegueiras sobre os ombros de centenas de milhões de seres humanos que, por decência vibratória, ainda que ignorantes, se submetem ao domínio já que exercido sob o império do medo religioso e do respeito às leis. Assim me expresso porque à frente de muitos países da Terra estão institucionalizadas verdadeiras quadrilhas especializadas na arte da “bandidagem espiritual”. Simplesmente acabou-se esse tempo, apesar de que poucos conseguem perceber. Isso porque o cenário dessa triste encenação ainda está de pé sobre o palco planetário e os tresloucados atores continuam atuando prenhes da ilusão que o poder temporal exerce sobre o espírito. Mas a peça já acabou, pelo menos o “diretor da cena cósmica” assim já o determinou.

Reinaldo – Jesus vem no salvar.

Jan Val Ellam – Pelo que entendo, só na viciada ótica humana é que arquitetamos raciocínios desse naipe, pois na ótica cósmica se alguém pudesse salvar a outrem, por que então o Pai Amantíssimo não “estala os dedos” e salva todo mundo. Não é assim que a política do cosmos se expressa.
O conceito de salvação foi criado por Paulo que, desesperadamente, e com a melhor das intenções, pensando ser a volta de Jesus para os dias de então, criou o conceito de “salvar a alma” já que acreditava ser iminente o retorno de Jesus.
Utilizando as palavras e a ótica terrestre, prefiro dizer que o Mestre, mais uma vez, tenta nos ajudar de modo a que cada um, com seu próprio esforço, venha a financiar a redenção da sua consciência espiritual diante das regras da vida cósmica. Nesse quesito não há milagres a serem feitos pois, como ele mesmo o disse, “a cada um é dado conforme as suas próprias obras”.

Granado – A população planetária está acostumada a ver em diversos filmes feitos em Hollywood nos quais os ETs são seres invasores que querem dominar e destruir a Terra. A chegada de naves espaciais extraterrestre não causará medo e pânico entre os humanos?

Jan Val Ellam – Infelizmente terá um pouco de tudo, mas esse é o preço da nossa própria ignorância em relação ao assunto. Mais uma vez para nós, terráqueos, os fatos servirão como a escola, que nos é possível ter, e o tempo novamente assumirá o papel de professor, na medida em que não conseguimos aprender de outro modo.
A sabedoria, na observação e na análise da realidade ao nosso redor, numa espécie de aprendizado prévio, substituiria os sustos e as inevitáveis inquietações quando do descortinar dos véus que nos encobrem a realidade maior dos contextos cósmico e espiritual que envolvem a vida na Terra. Mas em sendo postura rara entre os que vivem na Terra, somente o assustado e sobressaltado “empirismo” em que nos especializamos, haverá de rasgar, ainda que lentamente, os dogmas entronizados como alicerces da nossa ultrapassada de visão de mundo.
Como os fatos e eventos que nos esperam não residem na vontade do ser terráqueo para que ocorram ou não, simplesmente ocorrerão ao longo dos próximos tempos, obedecendo a um cronograma que não nos é dado aquilatar, simplesmente aprenderemos mais rapidamente do que no passado, já que estaremos sempre sendo convidados a conviver com realidades mais avançadas, queiramos ou não. É uma espécie de “globalização” cósmica onde os fatos valem mais do que a vã pretensão dos que pensam saber ou controlar o processo, e disso não abrem mão. Normalmente, nesses casos, são atropelados pelos fatos. Ficam, como que, à margem da história.
As instituições e organizações do mundo que não se “modernizarem” diante da perspectiva cósmica que ora nos envolve, sejam de que caráter for, simplesmente passarão despercebidas porque desnecessárias para a arquitetura do futuro.

Miriam – Em suas palestras vc noticia fatos “perdidos” no registro da história terrestre, que explicariam aspectos da nossa atual conjuntura planetária, como por ex. a “quarentena cósmica” na qual vem sendo mantido o planeta Terra, que estaria encerrada a partir do contato oficial. Com o fim deste processo estes “elos” da história terrestre seriam resgatados? E de que maneira?

Jan Val Ellan – De que modo não me é dado dizer, mas, conforme penso, os elos com o passado, possíveis de serem resgatados, desde que nos sirvam como fator educativo, seguramente o serão pois tecnologia existe da parte deles para isso fazer. Mas creio que essas questões somente serão observadas mais tarde, em outras etapas do que chamo do processo de reintegração dos terráqueos, posto que, nos primeiros anos desse processo, a atenção de cada ser humano deverá estar focada em si mesmo, no templo da sua própria alma, na medida em que descubra que tem uma.
Não haverá, no primeiro momento, missão a ser executada fora de nós mesmos. Afinal, como poderemos construir realidades exteriores belíssimas e cheias de detalhes amorosos e multicoloridos com os tons de ternura, tolerância e solidariedade se por dentro continuarmos a ser o que somos: seres feios, nervosos, apressados, neuróticos, exigentes para com os outros e esquecidos de exigir de si mesmos, ansiosos, assustados, invejosos, tendentes ao desamor, rancorosos, intolerantes, mentirosos, enganadores, falsos e hipócritas. Acabou-se o tempo dos “sepulcros caiados”, como dizia Jesus, “belos por fora mas cheios de podridão por dentro”.
Esse é um problema mito sério pois passamos pela vida “procurando” a nossa grande missão quando, na verdade, a maior missão de cada ser humano é a de edificar no templo da sua própria alma (no seu mundo interior) os alicerces comportamentais que o possam educar para o bem. Não há outra missão mais importante e essencial que esta; as outras surgem como decorrência. O problema é que invertemos os fatores e pretendemos dirigir “boeings 777” sem ter feito o necessário curso de preparação.
A espécie humana se especializou na produção de ilusões de toda ordem, no auto-engano, enfim, na produção do caos psicológico e espiritual em torno de si própria. Criados, nascidos e renascidos para a destinação de sermos deuses, transformamo-nos em agentes da miséria material, moral e espiritual que hoje responde pelas cores da vida na Terra.
Primeiro cuidemos em nos educar. Mais tarde, saberemos mais e mais aspectos da verdade maior que nos envolve. Os elos com o passado perdido nas brumas da nossa ignorância e nas queimas de arquivo que praticamos ao longo da história, destruindo bibliotecas, livros, etc e tal, estes virão quando úteis forem para o nosso aprendizado e progresso moral – até porque tudo isso está marcado nos arquivos memoriais das mentes espirituais de cada um de nós.

Reinaldo – Nos seus livros você cita as várias famílias cósmicas (p. ex.: Val, Yel,...) . Após os contatos iniciais, haverá o reconhecimento dessas ligações familiares entre os membros das famílias que estão ciclicamente encarnando na Terra com os irmãos que não foram exilados? Por acaso o homem da Terra vai reconhecer quem são nossos visitantes? Após esses contatos o homem terrestre terá alguma mudança íntima em suas percepções do mundo?

Jan Val Ellam – Sim, é o que está previsto! Mas essa questão se enquadra exatamente no contexto da resposta anterior. Tudo a seu tempo! Quanto ao outro aspecto da pergunta, depende de que “homem terrestre” estivermos falando. Se for o atual, seguramente não! Sequer os mais esclarecidos dentre os atuais terão o condão de reconhecer seus afetos cósmicos do passado extraterreno e nem muito menos mudanças perceptivas repentinas ocorrerão além daquelas naturalmente decorrentes do fato dele voltar a conviver com outras realidades. Ainda assim, o cotidiano terreno, com a sua enorme carga de problemas, continuará atordoando aos que estiverem por aqui, afinal caberá a estes, ou seja, aos terráqueos, a resolução de absolutamente todos os problemas criados pela inconsequência da nossa família planetária.
O “homem terrestre do futuro”, as novas gerações que surgirão no palco terrestre lá pela altura das primeiras décadas do século XXII, se tudo correr satisfatoriamente, estes sim, terão condições de fazer com seus cérebros transitórios terrenos acessem os arquivos das suas mentes espirituais eternas, o que os permitirá reconhecer e recordar painéis de vivências do passado, acessando ao potencial das conquistas já amealhadas pelo mérito espiritual que lhes é próprio, pois assim é o normal da vida cósmica.
Importa saber que o modo como vivemos atualmente na Terra é “exceção” e não o normal da vida cósmica. E ainda tem quem pense, em plenos dias de reintegração, que somos o centro do universo!
Sancta simplicitas!